quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Poderia a evolução explicar a origem da religião?


Poderia a evolução explicar as origens das crenças religiosas do mundo? As resposta rápida é: Não. A resposta longa é: Não, de jeito nenhum. Por três motivos:
Primeiro, esta confundindo epistemologia com ontologia. Epistemologia é como nós descobrimos algo, enquanto ontologia tem a ver com a realidade desse algo. Mesmo se nossos ancestrais tiverem descoberto verdades religiosas por experiência, isso não diz nada quanto a verdade dessas crenças descobertas.
Segundo, isso seria um exemplo de falácia genética. Quer dizer, tentar invalidar uma crença ou posição atacando como ela se originou. Dizer como algo se origina não diz nada quanto a verdade desse algo. Por exemplo, se eu viesse a saber que a Dilma é a presidente do Brasil por que li em uma revistinha da Turma da Mônica, a fonte dessa crença não diz nada quanto a verdade dela.
Terceiro, se a religião for algo falso e a evolução a favoreceu, então quanta confiança podemos ter de que qualquer coisa favorecida pela evolução não é falsa? De fato, a evolução só se preocupa com sobrevivência e reprodução. Mas ela não diz nada sobre crenças verdadeiras. Se uma crença falsa favorecer a sobrevivência, então a evolução vai favorece-la. Dessa forma, quão confiantes podemos ser de que a própria crença na evolução seja verdadeira?

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

O que a Bíblia fala sobre videntes? (E essas coisas...)


Existe essa questão: O que a Bíblia diz sobre videntes? Possessão? Adivinhos? E todas essas coisas que nós vemos em novelas, em filmes e “a amiga da tia conto que funfa”. No texto de hoje, vamos ver o que a Bíblia diz sobre o assunto.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Resposta ao vídeo “O que torna algo certo ou errado?” De Stephen Fry


Tem esse vídeo na internet chamado “O que torna algo Certo ou Errado?” do Stephen Fry que tenta, de alguma forma, explicar moralidade sem Deus. O canal Luc Anderssen legendou o vídeo, então se quiser assistir antes de ler o texto, basta clicar >aqui<.

sábado, 28 de novembro de 2015

Resposta ao "quadrinho" do "Em Nome do Troll"


Ateus realmente não entendem bulhufas sobre Deus e como Ele age. Enfim, é simples: Pessoas são livres e é logicamente impossível criar seres livres, sem a capacidade de fazer escolher. Deus também pode ter razões morais o suficiente para permitir que o mal aconteça. O ateu tem que mostrar que é logicamente impossível que Deus, um ser que ve o futuro e todas as possibilidades, tenha uma razão moral para permitir o mal. Alem disso, dizer que "crimes" e o "nazismo" são moralmente errados é dizer que existe um jeito certo de se viver. Se existe um jeito certo - uma forma como as coisas deveriam ser - então existe uma Lei Moral. E se existe essa Lei, então existe um Legislador moral. 
De fato, dizer que Deus age de forma errada pressupõe que haja uma forma certa, o que pressupõe que haja uma Lei Moral, o que implica em um Legislador. Mas, nesse caso, esse Legislador teria que ser maior do que Deus. Porem, como Santo Anselmo colocou, Deus tem que ser o maior ser possível, se não alguém poderia ser maior do que Ele e então esse ser maior seria Deus. Portanto, Deus age da forma certa, e o seu julgamento é que é errado.
Peter Van Inwagen diz:

“Costumava ser muito dito que o mal era incompatível com a existência de Deus. Que nenhum mundo possível poderia conter tanto Deus quanto o mal. Até onde posso dizer, essa tese não é mais defendida.” [Peter Van Inwagen, “The Problem of Evil, the Problem of Air, and the Problem of Silence”, em Philosophical Perspectives, vol. 5: Philosophy of Religion, p. 135.]

E William Alston que foi um professor emérito de filosofia da Universidade de Syracuse, conclui:

“O esforço para demonstrar que o mal refuta Deus é agora reconhecido em quase todas as áreas da filosofia como completamente falido” [William Alston, “The Inductive Argument from Evil and the Human Cognitive Condition”, em Philosophical Perspectives, vol. 5: Philosophy of Religion, p. 29]

Por fim, a passagem no Egito tem um significado mais importante. Não apenas Deus livra o Seu povo, mas isso mostra que, no futuro, Deus livrará a Igreja do mal que a persegue. Alem disso, Deus não tem obrigação nenhuma de agir da mesma forma com todos. Como dito acima, Deus pode muito bem ter razões morais o suficiente para permitir que algumas coisas aconteçam.
Em suma, esse é mais um lixo ateísta... (Eu escrevi uma longa resposta ao problema do mal que pode ser lida clicando aqui.)

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Respondendo Comentários #6 - Os Dez Mandamentos e o Protestantismo


E... aqui vamos nós... O leitor (e pastor Adventista) A. G. Brito comentou no meu texto “A Lei do Sábado ainda é exigida aos Cristãos?”:

Os cristãos protestantes/evangélicos SEMPRE ensinaram que o sábado é preceito MORAL, derivado na criação do mundo. Daí, precisam convencer luteranos, presbiterianos, batistas, metodistas, congregaconais a alterarem seus documento oficiais de SÉCULOS que ensinam isso, como a Confissão de Fé de Westminster, de 1647, a Confissão de Fé Batista de 1689, Os 39 Artigos de Religião anglicanos (art. 7--admitindo a divisão de Lei Moral/Lei cerimonial), os 25 Artigos de Religião Metodistas (art. 6-idem do 7 do documento anglicano).
E eruditos dessas Igrejas ao longo dos séculos, como o metodista Adam Clarke, o presbiteriano Albert Barnes, os batistas Jamieson, Fausset e Brown, mais recentemente Billy Graham e tantos, o pastor reformado e conferencista Heber Campos Jr., todos eles confirmam: os mandamentos da Lei Moral de Deus são DEZ (e não NOVE). A "Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal' da CPAD diz claramente:

"“Será que as leis de Deus observadas pelos israelitas servem para os cristãos? As leis foram designadas para guiar todas as pessoas a um estilo de vida saudável, justo e voltado para Deus. Seu propósito é apontar o pecado e mostrar a maneira correta de lidar com ele. OS DEZ MANDAMENTOS SE APLICAM HOJE ASSIM COMO SE APLICAVAM HÁ TRÊS MIL ANOS, POIS PROCLAMAM UM ESTILO DE VIDA ESTABELECIDO POR DEUS. SÃO A PERFEITA EXPRESSÃO DA PESSOA DE DEUS E COMO ELE DESEJA COMO O POVO VIVA”. – “Bíblia de Estudo e Aplicação Pessoal” (CPAD—Casa Publicadora das Assembléias de Deus), pág. 237 (destaque meu).

Quanto às falsas alegações acima, o de que Ellen White declarou que a salvação depende da guarda do sábado é MENTIROSA, descontextualizada, como demonstramos documentadamente num proveitoso debate que tivemos com um pastor batista, no seu blog, como podem ver por este endereço:
Ah sim, e para verem qual é a Igreja que conserva, em pelo menos CINCO pontos doutrinários importantíssimos, o que constitui o mais legítimo entendimento protestante/evangélico de temas polêmicos no evangelicalismo moderno, vejam como é neste vídeo apresentada a questão:
(o vídeo apresenta pequenos problemas de som nos primeiros minutos, mas permite perfeitamente que se acompanhe a questão até o fim):

Comentemos por partes.

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Os Pilares da Ciência - Sumário



Agora eu completei minha serie sobre os Pilares da Ciência. Meu objetivo foi analisar por que a Ciência é um método tão efetivo para descobrir novas verdades sobre o mundo. Aqui estão os 6 “Pilares” que eu identifiquei. É claro, Ciência é uma palavra multifacetada: ela pode se referir a um método, a um conjunto de teorias, ou a comunidade. Entendendo como a Ciência funciona realmente requer pensar sobre todos os 3 juntos.

Introdução:


A. Como nós testamos ideias cientificas?



B. Que tipos de ideias podem ser testadas cientificamente?



C. Quem pode testa-las efetivamente?




Traduzido de: Aron Wall, "Undivided Looking", "Pillars of Science: Summary and Questions"

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Nosso Verdadeiro “Irmão mais velho”


Recentemente eu li o livro do pastor Timothy Keller chamado “O Deus Pródigo”. No livro, Keller explora a parábola do filho pródigo e vai alem da mensagem que todos vêem geralmente. De fato, a exploração que ele faz é brilhante e mostra como todo o evangelho esta colocado naquela única parábola.