sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Resposta aos Dez Questionamentos de Azenilto Brito



O Pastor Adventista Azenilto G. Brito me enviou uma mensagem no Facebook em fevereiro (que eu só vi agora) com dez perguntas que ele faz a ex-adventistas. Bom, se você acompanha debates em páginas que debatem o adventismo, vai notar que ele simplesmente não sabe debater. E veremos o por que ao longo das respostas também. Além disso, digo de ante-mão que eu não voltarei ao adventismo. Jamais. Já esta bem claro pra mim que as doutrinas não são verdadeiras e que Ellen White não é uma profetisa de Deus. De qualquer forma, vamos responder ao questionário dele.


Resposta aos Dez Questionamentos de Azenilto Brito


Ele começa:

Tenho encaminhado este texto a ex-adventistas e até agora o que recebi como "resposta" tem sido decepcionante. Só uma ex-adventista é que se pôs a tentar responder, mas tudo mero FINGIMENTO, nada de concreto, convincente

Manda esses questionamentos pro Paulo Romeiro. Quero ver se sair bem (y).


Primeira Pergunta


** 10 PERGUNTAS AOS EX-ADVENTISTAS (DOS QUE AINDA ACEITAM A VALIDADE DA BÍBLIA E DA RELIGIÃO)**
1o. - Por que não se encontram ex-adventistas que sejam fiéis e entusiastas observadores do domingo, como ensinam que deviam ser os crentes segundo as confissões de fé, credos, catecismos, clássicos, históricos da cristandade protestante-evangélica?

Porque não somos fariseus e nem judeus. Não existe lei do domingo. Muito menos lei de guarda de um dia pra cristãos.
Azenilto, esta contradizendo a si mesmo. Note que primeiro ele diz que as questões são pra quem crê na Bíblia, mas depois apela pra credos, catecismos, etc. Nenhum membro de nenhuma denominação coloca os credos e documentos oficiais no nível da Bíblia, a não ser que ele seja burro.
Mesmo se esse argumento fosse válido, em que pé ele mostraria o adventismo ou a guarda do sábado como verdadeiros? Em lugar algum. O argumento seria:

1-      Ex-adventistas deveriam guardar o domingo
2-      Ex-adventistas não guardam o domingo
3-      Portanto, o adventismo da guarda do sábado é verdadeiro

Note que a conclusão não segue das premissas. Logo, o argumento todo dele é um Red Herring (uma distração).


Segunda Pergunta


2o. - Estão cientes das reais origens desse conceito prevalecente no evangelicalismo contemporâneo de "dianenhumismo/diaqualquerismo", que simplesmente não corresponde aos ensinos AINDA VIGENTES para o cristianismo protestante?
- Obs.: Pois tudo começou com uma visão sobre a volta de Cristo de Margaret MacDonald em 1830, contrariando o ensino bíblico, que, porém, empolgou alguns líderes evangélicos, os quais passaram a especular sobre "dispensações", o que desembocou não só numa mirabolante escatologia israelocêtrica, como num falso entendimento da relação Lei & Graça. Para saberem mais a respeito, vejam este estudo e não deixem de ver os vídeos de eruditos evangélicos do maior respeito e conceito, como o Dr. Russell Shedd (teólogo batista), e o bispo metodista Ildo de Melo:
http://forumevangelho.com.br/t3981-as-raizes-catolicas-da-escola-interpretativa-dispensacionalista

Todo o argumento dele comete a falácia genética. Tenta invalidar a verdade de uma crença ou posição atacando como ela possa ter se originado. Isso não funciona. É como se eu dissesse que Azenilto é um Criacionista de Terra Jovem porque é adventista e o adventismo obriga a crer nisso. Ou como se eu atacasse a teologia da substituição dele dizendo que ela teve origem no antissemitismo de Agostinho e outros. 
E de fato ele esta errado. John Darby falou sobre a questão do arrebatamento pré-tribulacionista três anos antes de Margatet MacDonald, e não há evidências de que ele tenha tido contato com ela. Sua conclusão foi baseada no estudo bíblico que mostrou claramente a separação entre a Igreja e Israel. As visões de MacDonald também não se encaixam na teologia pré-tribulacionista. De acordo com ela, a igreja passará por uma tribulação e será purgada pelo Anti-Cristo. Como diz Todd Strandberg:

Quando se examina de perto a visão de MacDonald, se torna claro que sua visão não poderia ser uma pré-tribulacionista. MacDonald viu um “julgamento furioso que seria para nos testar”, e ela viu que a Igreja seria purgada pelo Anti-Cristo. Qualquer pre-tribulacionista pode te dizer que a Igreja vai ser removida antes do advento do Anti-Cristo. John Bray, um anti-arrebatamento, disse ele mesmo que Margaret MacDonald estava ensinando uma única vinda de nosso Senhor Jesus. Isso contradiz a doutrina do arrebatamento atual, que ensina um evento em dois estágios – primeiro, Cristo vindo por Sua Igreja e segundo, sete anos depois Ele retorna para a terra. Com tantas contradições entre a visão de MacDonald e o pré-tribulacionismo de hoje, se torna difícil fazer uma ligação. (Margaret MacDonald Who?, http://www.raptureready.com/rr-margaret-mcdonald.html)

Quer errar mais, Azenilto? Então bora la. Entre o final do primeiro século e metade do segundo, o documento intitulado “O Pastor de Hermas” foi escrito. Apesar de não ser como o ensino pré-tribulacionista atual, ele nos da algum sinal da doutrina:

“Vocês escaparam da grande tribução por causa de sua fé, e porque vocês não duvidaram na presença de tal besta. Va, portanto, e diga aos eleitos de Deus os Seus feitos, e diga a eles que essa besta é um tipo da grande tribulação que esta vindo. Se então vocês se prepararem, e se arrependerem com todo o seu coração e voltarem-se ao Senhor, será possível para vocês escaparem disso, se o seu coração for puro, e vocês passarem o resto dos dias de suas vidas servindo ao senhor sem falta.”  (The Shephed of Hermas, 96 d.C.-150 d.C.)

Victorino de Pettau escreveu seu comentário sobre Apocalipse 6 por volta de 270 d.C.:

“E o céu retirou-se como um livro que se enrola” Pois para o céu ser enrolado, quer dizer, a Igreja deve ser levada embora. “e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares” intima que na ultima perseguição todos os homens saiam de seus lugares; quer dizer, que os bons serão removidos para não serem perseguidos. (Victoriano de Pettau, 270 d.C. – 303 d.C.)

Irineu, no segundo século, escreveu:

Essas nações, porém, que não levantarem seus olhos para o céu, nem retornarem gratidão ao seu Criador, nem desejarem ter a luz da verdade, mas que eram como ratos cegos nas profundezas da ignorância, a palavra os reconhece justamente “como a gota de um balde, e como o pó miúdo das balanças – de fato, como nada” Úteis e aproveitáveis ao justo, como o restolho conduz ao crescimento do trigo, ou a palha, por meios de combustão, serve para derreter o ouro. Por isso, quando, no fim, de repente a Igreja for levada daqui, “haverá, como está escrito, uma tribulação como nunca houve desde o princípio e nunca mais haverá”. (Irineu, Contra as Heresias, 29.1)

Em On The Last Times 2, pseudo-Efraim escreveu:

Pois todos os santos e eleitos de Deus estão reunidos, antes da tribulação que virá, e serão levados ao Senhor para que não vejam a confusão que irá cobrir o mundo por causa de nossos pecados. (Efraim, On The Last Times 2, 306 d.C. – 373 d.C.)

No texto enviado, ele cita documentos oficiais do protestantismo, teólogos e etc. Eu não sei como isso é relevante. Judeus e Cristãos não são os mesmos. Paulo separa bastante entre Judeus, Gentios e a Igreja:

Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus. - 1 Coríntios 10:32

E a todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles e sobre o Israel de Deus. - Gálatas 6:16

Eu também indicaria a leitura desses dois artigos (ja que ele pode, eu posso também, né?):



E esse vídeo do Michael Brown, talvez o maior especialista em profecias messiânicas da atualidade: “Has the Church replaced Israel?” https://www.youtube.com/watch?v=8xHSE__cHJM

Eu fico com o que a Bíblia ensina. E ela ensina o que ele chamou de “dianenhumismo”. Do mesmo modo que não há lei do sábado ou domingo pra cristãos, também há passagens claras que dizem que a lei foi cumprida em Cristo (leia Êxodo 31:13-18; 34:27-28; Deuteronômio 9:9; e depois Hebreus 8:13-9:4; também leia Mateus 5:17-22 e veja que Jesus veio cumprir a lei que só passaria depois que fosse cumprida.)


Terceira Pergunta


3o. - Que tal estudarem por uma hora o tema da lei e graça com um erudito reformado, o Pr. Héber Campos Jr. (não é adventista), que reflete o mais legítimo entendimento protestante/evangélico do tema?
- Obs.: É um vídeo que está mais para áudio, mas lança muita luz sobre o tão mal compreendido tema da HARMONIA entre Lei e Graça nas Escrituras.
https://www.youtube.com/watch?v=BRHkAytD3Og

Eu não vou responder a um vídeo de 1h nesse texto.


Quarta Pergunta


4o. - Se adotou a visão popular de imortalidade da alma, sabia que ao longo da história grandes eruditos cristãos, inclusive Martinho Lutero, condenaram tal crença?
- Obs.: Também o poeta inglês John Milton, além dos tradutores bíblicos Tyndale, Wycliff, Moffat, e mais recentemente Oscar Cullman, John Stott, os brasileiros Otoniel Mota e, o contemporâneo Ed Renê Kivitz.

Eu fico com a Bíblia que ensina a imortalidade da alma, não com esses caras ai. Talvez Azenilto pense que simplesmente jogar as autoridades sem dar o argumento é o mesmo que citar uma fonte confiável depois de explicar o argumento. Na verdade, tudo o que Azenilto esta fazendo é um apelo a autoridade falacioso. Podem responder, “mas hey, Felipe, você faz o mesmo em todos os seus textos”. Porém, como Wesley Salmon colocou, “existem usos corretos de autoridade assim como existem incorretos. Seria um erro superficial supor que todo apelo à autoridade é ilegítimo, pois o uso próprio da autoridade possui um papel indispensável na acumulação e aplicação do conhecimento." (Wesley C. Salmon, Logic, Foundations of Philosophy Series, p. 63) Mas tudo o que Azenilto faz é “olha ali quem discorda de você!”. Bom, que tal se eu citar um grande teólogo da atualidade que discorda dos demais sem explicar o argumento? Que tal se eu disser que John MacArthur, teólogo reformado, é um dispensasionalista? Ou que Norman Geisler também é? Posso também dizer que outros teólogos de renome, como William Lane Craig, James White, Matt Slick, Nataniel Rinaldi, Paulo Romeiro, Dale Ratzlaff, e outros creem na imortalidade da alma?
Será que o apelo a autoridade sem explicação de argumento é valido? Mas, na verdade, nem é isso o que ele pode estar fazendo. Será que pensa que seguimos esses documentos como eles seguem Ellen White? No fim, mesmo se fosse válido não provaria o ponto dele. Só provaria que existem perspectivas diferentes no meio protestante. E só. Pois nem ao menos fazer uma citação com um argumento ele faz. Ele apenas cita o nome de alguém. (Estou ciente que ele pede pra ler textos e ver videos... mas na maioria das vezes ele não o faz.)
Substitua a palavra “espírito” por “sopro” ou “ar” nas seguintes passagens, e veja que não tem como a Bíblia não ensinar algo alem do corpo:

Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-nos de toda a imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus.
2 Coríntios 7:1

Mas o homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.
1 Pedro 3:4

Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
Mateus 26:41

Tendo Jesus dito isto, turbou-se em espírito, e afirmou, dizendo: Na verdade, na verdade vos digo que um de vós me há de trair.
João 13:21

E, enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se comovia em si mesmo, vendo a cidade tão entregue à idolatria.
Atos 17:16

E Jesus, conhecendo logo em seu espírito que assim arrazoavam entre si, lhes disse: Por que arrazoais sobre estas coisas em vossos corações?
Marcos 2:8

De fato, podemos argumentar a partir do texto de Lucas 23 que algo tem que estas consciente depois da morte do corpo:

E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso.
Lucas 23:43

É bem verdade que o texto original não possui o “que” nem qualquer virgula. Então, o texto poderia ser traduzido da seguinte forma:

Em verdade te digo hoje estarás comigo no Paraíso

A questão é, onde a virgula pode ser inserida: Antes ou depois do “hoje”? A resposta esta na maneira como os evangelhos descrevem os ensinos de Jesus e no bom senso. É meio óbvio que Jesus esta dizendo no dia em que esta dizendo. Como meu professor de história da filosofia antiga, especialista em grego koiné colocou, não faria sentido alguém dizer “em verdade te digo hoje”, pois se eles esta dizendo, já é “hoje”!
Itard Victor também enfatizou bem esse ponto, dizendo:

... não haveria necessidade de Jesus enfatizar que estava falando com o ex-ladrão naquele dia, pois o condenado sabia que Jesus falava com ele no dia da sua punição. Todavia, Jesus usou a expressão “hoje” para revelar ao crucificado algo que ele não sabia, ou seja, o dia que ele entraria no paraíso. Sempre quando Jesus dizia “Em verdade vos digo:” logo vinha o complemento. Assim o advérbio deve estar conectado à segunda sentença, pois “hoje” é parte da promessa, e não parte da introdução, até porque a palavra “hoje” (Gr. Semeron) é usada onze vezes no Evangelho de Lucas e nove vezes no livro de Atos, significando o cumprimento do plano de Deus no presente. (Itard Victor Camboim de Lima, Uma Resposta Exegética à Crença Adventista, p. 109)


Quinta Pergunta


5o. - Se adotou a filosofia de CSI (cristãos sem Igreja), como ajusta isso com a instrução clara de Heb. 10:25 que condena abandonar a congregação?
- Obs.: Todo o teor da instrução bíblica é no sentido de cristãos reunindo-se como uma corporação de fiéis, não de indivíduos agindo independentemente, cada qual com seu próprio tererê teológico.

Não sou desigrejado.


Sexta Pergunta


6o. - Se creem que a exegese adventista de Dan. 8:14 é falha, que melhor interpretação têm deste texto, bem como do capítulo 9 de Daniel, sendo terem-se tornado claras as suspeitas origens do dispensacionalismo?

A eisegese adventista de Daniel 8:14 é obviamente falsa. É baseada em uma tradução errada da King James. A interpretação correta pode até não ser a tradicional (que fala do reinado de Antioquo), mas com toda a certeza não são 2300 anos. 
Note também a arrogância dele. Todo o comentário depende da pergunta sobre o dispensasionalismo não ter sido respondida. Ele ja acha que falou corretamente e que não há resposta. O fião, se você esta perguntando, você tem que assumir que poderá haver resposta, não garanti-la como final. 
Um ponto interessante aqui: Adventistas normalmente tentam atacar a origem de certas doutrinas na história. Por exemplo, dizem que a guarda do domingo foi instituída por Constantino no quarto século, que o dispensacionalismo veio apenas no século 19, que a imortalidade da alma tem origem grega, etc. Mas que tal olhar pra si mesmos? A doutrina do Juízo Investigativo nunca, em toda a história da Igreja ou do Judaísmo foi ensinada até o século 19. 
A interpretação adventista ainda contradiz a Bíblia, que diz que Jesus já entrou no santuário celestial e que Sua obra foi finalizada. Como Natanael Rinaldi e Paulo Romeiro colocaram:

Jesus adentrou o santuário celestial, isso incluindo o lugar santíssimo, quarenta dias após sua ressurreição (cf. At 1.3), e não em 22/10/1844. A epístola aos Hebreus, escrita por volta de 63 d.C, já declarava ter Cristo entrado no santo dos santos (Hb 6.19,20; 7.23-28; 8.1,2; 9.1-14,24-26; 10.19,20; comp. com Êx 26.33; Lv 16.2; Nm 7.89; 1 Sm 4.4; 2 Rs 19.15). [...]
A obra de redenção foi realizada de uma vez por todas na cruz; não ficou incompleta. Quando Cristo subiu ao céu ela estava definitivamente terminada (Hb 1.3; 9.24-28). (Natanael Rinaldi e Paulo Romeiro, Desmascarando as Seitas, p. 16)


Sétima Pergunta


7o. - Pode me citar um só líder religioso do presente ou do passado que haja deixado influência tão positiva para a sua Igreja e para a sociedade, no campo do evangelismo, educação, saúde, do que Ellen G. White?
- Obs.: Nunca ouvi dizer que o governo dos EUA, que tem investido milhões de dólares para descobrir as razões da "Adventist Advantage" [vantagem adventista], tenha agido em maneira semelhante para analisar os frutos de ensinos originários de algum outro pioneiro denominacional. Vejam este vídeo e dados noticiosos:

"Pode me citar um só líder religioso do presente ou do passado que haja deixado influencia tão positiva..." Sim, Jesus Cristo. E Ele é mais legal que Ellen White. Ele deixa a gente comer bacon. 


Oitava Pergunta


8o. - Sabiam que graças às visões e instruções inspiradas da Sra.White, a Igreja Adventista é a que tem o maior número de instituições educacionais pelo mundo, só perdendo nisso para a poderosissíma Igreja Católica?
- Obs.: Líderes governamentais africanos não se cansam de elogiar os adventistas por terem se preocupado em levar instrução educacional a suas crianças e jovens, o que se tem refletido no campo administrativo de várias nações daquele continente. Eis alguns exemplos de notícias nesse sentido.
* http://news.adventist.org/pt/todas-as-noticias/noticias/go/2015-03-23/mayor-of-belizes-largest-city-praises-adventist-education/

Parabéns. O que isso prova? Absolutamente nada. O Cristianismo ao longo de toda a história trouxe inúmeros benefícios à humanidade. Isso não implica que ele seja verdadeiro. Temos que usar argumentos e evidências para dar suporte à verdade de uma visão de mundo, não para seus benefícios.
Note também que ele diz que só perde pra Igreja Católica. Portanto, se o argumento dele fosse válido, seria válido para a Igreja Católica, não para a Igreja Adventista.


Nona Pergunta


9o. - Sabiam que o mundo nunca esteve mais maduro para a proposta de uma "lei dominical" como no tempo presente? Vejam estes vídeo:

Você realmente crê que uma pessoa que segue Cristo, sabe que é salva pela Graça e confia fortemente em Jesus, mas guarda o domingo... tem a marca da besta? Makes sense.
O vídeo basicamente fala sobre tudo o que ele falou até aqui no texto. Mas depois cita o Papa falando sobre a guarda do domingo. Isso não deveria ser surpresa, já que o Papa crê que recebeu por tradição dos apóstolos que a guarda do domingo é obrigatória. Ele esta errado, mas fazer o que? O costume é realmente folgar no domingo, então não deveria ser surpresa pessoas considerarem manter o domingo vago para outras atividades. Mas os adventistas não veem essa possibilidade...
Um outro problema com esse argumento é que ele ignora a diferença entre propor algo e realizar algo. Propor um descanso no domingo é uma coisa. Realiza-lo é outra. E, nos Estados Unidos isso acabaria com a economia, o mercado, etc. No sistema politico e econômico da maioria atual, isso é impossível. Além disso, tal lei violaria a Establishment Clause que faz parte da Primeira Emenda dos Estados Unidos. Seria uma violação contra o livre direito das igrejas sabatistas de manterem seus deveres religiosos aos sábados.
Por fim, o Anti Cristo terá que conquistar os Judeus. E ele não poderá fazer isso trocando o sábado para o domingo. Ele deverá agrada-los para administrar o templo.


Decima Pergunta


10o. - Comparando o evangelismo e ensinos de adventistas e batistas do sétimo dia, os últimos de uma Igreja com um século a mais de existência do que os adventistas do sétimo dia, além da questão da validade das leis de saúde, que também não compreendem e não adotam, não se pode perceber a vasta diferença entre as duas Igrejas e situar isso no fator EGW?
- Obs.: Os adventistas em muito devem o seu dinamismo missionário, visão sobre saúde, condenação a ideias de fundamentação espírita (como a imortalidade da alma) ao ministério de Ellen White. O fator EGW indubitavelmente tem profundo peso nas razões da enorme diferença em vários aspectos entre as duas denominações, com tanto marasmo e falta de dinamismo dos mais antigos, porém, menos atuantes batistas dos quais os adventistas aprenderam a verdade do sábado.

As leis de saúde estão no Antigo Testamento. Tudo o que ela fez foi cita-las e copiar mais uma monte de material da época. Não é surpresa que tenha acertado alguma coisa. Dizer que ela esta correta em tudo por ter acertado algumas coisas é cometer a falácia da composição. Quer dizer, não é porque uma parte tem uma propriedade que o todo tenha a mesma propriedade (Ex.: não é porque parte de um elefante é leve que todo o elefante é leve). 


Ellen White vs Profetas de verdade


Quer ver o que ela não acertou? Muito bem:

“Foi-me mostrado o grupo presente na conferência. Disse o anjo: ‘Alguns serão comida para os vermes, alguns estarão sujeitos às sete últimas pragas, alguns estarão vivos e permanecerão na Terra para serem trasladados na vinda de Jesus.” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 1, págs. 131 e 132)

Todos já morreram. Em resposta a essa óbvia falha, defensores de Ellen White citam a profecia de Jonas, dizendo que ele afirmou que Nínive seria destruída em 40 dias, porém não foi. Eles então apelam ao conceito de profecia condicional explicada em Jeremias 18, que diz que se o povo se arrepender, Deus não destruirá da forma que Ele disse. Leandro Quadros, por exemplo, diz:


Se Ellen White errou, então o personagem bíblico Jonas também foi um falso profeta, pois ele afirmou categoricamente que em 40 dias Nínive seria destruída. E isso não ocorreu! Será que Deus falhou? [...] Profecias condicionais são aquelas que dependem da resposta humana para o seu cumprimento. [...] Profecias incondicionais são aquelas que não dependem da resposta humana para o seu cumprimento. A Volta de Jesus é uma delas. Ele virá, mesmo que o ser humano não queira. (Na Mira da Verdade, Ellen White, a profetisa que NÃO falhou, http://novotempo.com/namiradaverdade/ellen-g-white-%E2%80%93-a-profetisa-que-nao-falhou-parte-1/

Porém, a Bíblia Apologética com Apócrifos responde a esse argumento dizendo:


Jonas não se enganou, antes, disse aos ninivitas exatamente aquilo que Deus lhe ordenara (3.1-4). Diante disso, será que tais argumentadores podem acusar Deus de erro? A proclamação de julgamento estava condicionada à intransigência de Nínive (4.2), o que é bem esclarecido em Jeremias 18.7,8: “Se ta tal nação, porém, conta a qual falar se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pesava fazer-lhe”. Principio claramente demonstrado no caso de Nínive, de modo que a profecia de Jonas jamais deveria ser citada para diminuir a responsabilidade daqueles que fazem previsões que não se cumprem.


Por outro lado, as profecias proclamadas por tais seitas “proféticas” não foram condicionais. Ao contrario, apregoavam seu prognóstico como sendo a expressa Palavra ou vontade de Deus. Mas todas elas falharam. (Bíblia Apologética com Apócrifos, comentário em Jonas 3:4-10; 4:1-2, p. 823) 

Note que, na previsão de Ellen White, nenhuma condição ou explicação é mencionada antes, durante ou depois. Alem disso, sua previsão tem relação com a volta de Cristo. Porém, de acordo com Leandro Quadros acima, a volta de Cristo é uma profecia incondicional. Estaria Leandro Quadros disposto a argumentar que a volta de Cristo foi adiada por causa da vontade humana simplesmente para proteger sua profetisa? Ela própria rebate a desculpa de Leandro Quadros quando diz que a data da volta não será modificada:


Tenho visto que o diagrama de 1843 foi dirigido pela mão do Senhor, e que ele não deve ser alterado; que as figurações eram o que Ele desejava que fossem, e que Sua mão estava presente e ocultou um engano em alguma figuração, de maneira que ninguém pudesse vê-lo, até que Sua mão fosse removida. (Primeiros Escritos, p. 75)


Viram que o período profético chegava a 1844, e que a mesma prova que haviam apresentado para mostrar que o mesmo terminava em 1843, demonstrava terminar em 1844. (idem, p. 236)

Ironicamente, ela mesma se condenou:

Pessoa alguma que fixe o tempo em que Cristo deva vir ou não vir, tem mensagem verdadeira. Estai certos de que Deus não dá nenhuma autoridade de dizer que Cristo retarda Sua vinda cinco anos, dez anos, ou vinte anos. (Mensagens Escolhidas, vol. 2, p. 114)

Os que tão presunçosamente pregam um tempo definido, assim fazendo agradam ao adversário das almas; pois promovem a incredulidade, e não o cristianismo. Citam passagens da Escritura, e mediante falsa interpretação mostram uma cadeia de argumentos que aparentemente lhes apóiam a posição. Mas seus fracassos mostram que são falsos profetas, que não interpretam devidamente a linguagem da inspiração. (Testemunhos para a Igreja, p. 307)

O falecido Natanael Rinaldi respondeu a Leandro Quadros também, dizendo:

Sofisma, Leandro! Querendo defender sua falsa profetisa prefere acusar a Bíblia e dizer que a profecia de Jonas poderia ser considerada uma falsa profecia e que as profecias de EGW seriam desse tipo – condicionais. Mas, quanto à Bíblia, há provas descritas na Bíblia que relatam a conversão dos ninivitas. E que houve no caso de EGW em 1856? Se houvesse a aceitação da sua profecia, Jesus teria apressado a sua vinda, que não ocorreu. Lamentável, lamentável, amigo Leandro.
Repito o que disse a meu respeito: que não conheço bem os escritos de EGW. Não seria V. S. que anda desatento quando lê o que ela escreveu sobre o assunto?
Como alegar que a profecia de 1856 apressaria a volta de Jesus, mas que tal não se deu por culpa do povo se EGW escreveu,
“Mas, como as estrelas no vasto circuito de sua indicada órbita, os desígnios de Deus não conhecem adiantamento nem tardança.” (O Desejado de Todas as Nações, p. 28, edição 1979).
(CACP, Pr. Natanael Rinaldi (Apologista Cristão) X Leandro S. Quadros (IASD), http://www.cacp.org.br/pr-natanael-rinaldi-apologista-cristao-x-leandro-s-quadros-iasd/


Ellen White vs Bíblia


Ela contradiz a Bíblia quando diz:

Quedorlaomer, rei de Elão, tinha invadido Canaã catorze anos antes, e a tornara sua tributária. Vários dos príncipes revoltaram-se agora, e o rei elamita, com quatro aliados, de novo marchou contra o país para os reduzir à submissão. (Patriarcas e Profetas, p. 105, http://centrowhite.org.br/files/ebooks/egw/Patriarcas%20e%20Profetas.pdf)

A Bíblia, porém, diz:

Então saiu o rei de Sodoma, e o rei de Gomorra, e o rei de Admá, e o rei de Zeboim, e o rei de Belá (esta é Zoar), e ordenaram batalha contra eles no vale de Sidim,
Contra Quedorlaomer, rei de Elão, e Tidal, rei de Goim, e Anrafel, rei de Sinar, e Arioque, rei de Elasar; quatro reis contra cinco. - Gênesis 14:8,9

Ellen White diz que Quedorlaomer tinha quatro aliados. A Bíblia deixa claro que Quedorlaomer tinha três aliados: Tidal, Anrafel e Arioque.


Ellen White vs Ellen White



Ela contradiz a si mesma:

Miguel, ou Cristo, com os anjos que sepultaram Moisés, desceram do Céu, depois de ter ele permanecido na sepultura um breve tempo, ressuscitaram-no e o levaram para o Céu. (História Da Redenção, p. 173)

Vemos que ela identifica Cristo como Arcanjo Miguel, o chefe dos anjos (ignoremos o fato de que archangelos significa anjo chefe, e não chefe dos anjos, mas tudo bem). Agora, devemos nos perguntar se ela quer dizer se só existe um Arcanjo, que é Jesus, ou se há outros em igual posição a Jesus. Ela diz:

Anjos e arcanjos se maravilham em face desse grande plano da redenção; eles admiram e amam o Pai e o Filho ao contemplarem a misericórdia e o amor de Deus; não há sentimento de ciúmes ao ser esse novo templo, renovado à imagem de Cristo, apresentado em sua beleza, para ficar junto ao trono de Deus. — Carta 31, 1892 (Online em EGW Writings, Filhos e Filhas de Deus, http://m.egwwritings.org/pt/book/1732.2043#2043 enfase minha)


Ellen White vs Apocalipse



Ellen White pode ser considerada uma grande herege. Veja o que ela escreveu:

“A reforma da saúde, me foi mostrado, é parte da mensagem do terceiro anjo e esta tão conectada com ela quanto o braço e a mão no corpo humano.” (E.G.W., 1 Testimonies, p. 486)

Agora, isso não esta em parte alguma da mensagem do Terceiro Anjo em Apocalipse. Veja:

E seguiu-os o terceiro anjo, dizendo com grande voz: Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e receber o sinal na sua testa, ou na sua mão,
Também este beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
Apocalipse 14:9,10

Por que eu digo que é heresia? E por que nessa parte especifica, se ela adicionou mais mil e uma coisas que não estão na Bíblia? Simples: Porque isso é uma adição ao livro do Apocalipse:

Porque eu testifico a todo aquele que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Deus fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro
Apocalipse 22:18

De fato, todas as suas principais visões são adições às profecias de Apocalipse.


Ellen White vs Enoque



Ela também contradiz a Bíblia quando diz:

Deus determinou a purificação do mundo pelo dilúvio; mas em misericórdia e amor Ele deu aos pré-diluvianos uma espera de cento e vinte anos. Durante esse tempo, enquanto a arca estava sendo construída, as vozes de Noé, Enoque e muitos outros foram ouvidas como alertas e suplicas. (Ellen White, Australasian Union Conference Record, Sep. 15, 1902)

Sobre Enoque, ela também diz:

O arrebatamento de Enoque ao Céu logo antes da destruição do mundo pelo dilúvio, representa o arrebatamento de todo ser vivo justo da terra antes de sua destruição pelo fogo. (Ellen White, Spiritual Gifts, vol. 3, p. 59)

E ainda:

Enoque primeiro recebeu instruções de Noé, e ele observou a lei de Deus... (Ellen White, Review and Herald, Apr. 29, 1875)


O grande problema aqui é que Enoque foi levado aos céus antes de Lameque (seu neto) ter Noé, e muitos anos antes da arca começar a ser construída (Gênesis 5:21-29). Será mesmo que Ellen White viu Enoque em alguma visão?


Ellen White vs Honestidade


Ellen White copiou uma série de autores da época:




Defensores do Adventismo vão argumentar que Lucas também teve outras fontes. E isso é verdade. Porém, Ellen White estava escrevendo instruções e profecias. Lucas estava escrevendo uma biografia. Ele precisava de outras fontes.
Uma outra resposta que dão é a de que na época não era necessário colocar a fonte nas citações. O que devemos questionar aqui é: É válido uma profetisa de Deus roubar material dos outros e não dar os créditos? Ou ainda: Seriam essas citações? Note que existem palavras adicionadas, frases e sinônimos nos parágrafos copiados. Porém, citações são feitas de forma direta e sem alteração. 


Ellen White vs Bom Senso


Foi-me mostrado que o povo de Deus não deve imitar as modas do mundo… As mulheres do passado, quando iam em público, cobriam os rostos com um véu. Nestes últimos dias, a moda é vergonhosa e indecente… Os chapéus pequenos, a expor a face e a cabeça; mostram a falta de modéstia… (Testimonies vol. 1, pag. 188; 189.)

Profetisa da Congregação agora?

Quando esses bebedores do chá e do café se reúnem para entretenimentos sociais, manifestam-se os efeitos de seus perniciosos hábitos. Todos participam à vontade de suas bebidas prediletas, e à medida que é sentida a influência estimulante, solta-se-lhes a língua, e começam a obra ímpia de falar mal dos outros. (Conselhos sobre regime alimentar, pág. 423 p.02)

Faz todo sentido.

“… Eu tenho aconselhado os afinadores de piano, dizendo-lhes que, se não abandonarem a sua atividade, eles teriam de lidar com a loucura”. (Carta -104, 1901).

Bons conselhos.


Considerações finais


Alguns dos questionamentos de Azenilto ocupariam muito espaço. Porém, creio que ficou claro o que o por que de eu ter dito que Azenilto não sabe debater. Em primeiro lugar, ele sempre comete falácias lógicas. Sejam distrações, espantalhos, etc. Em segundo lugar, ele sempre apela a uma autoridade de documentos oficiais, como se tratássemos esses documentos da mesma forma que eles tratam Ellen White. 
E, por fim, mesmo se todos os argumentos dele tivessem algum poder, eles não provariam o ponto dele. Vamos supor que os dez questionamentos tenham sucesso: Dispensacionalismo é falso, cristãos realmente não guardam o domingo, a lei ainda é válida, existirá uma lei dominical, Ellen White acertou algumas coisas, etc. Isso prova que o adventismo é verdadeiro? Não. Só mostra que algumas interpretações de algumas teologias estão erradas. 
Parece que esta tão acostumado com a forma que os adventistas trabalham que não consegue notar que o cristianismo é diferente disso. Eu e muitos amigos vamos na Igreja Presbiteriana e não somos Calvinistas. Meu pastor leu meu texto sobre o sábado e gostou das conclusões e até me permitiu ensinar isso, independente do que o documento oficial diga. Então, Azenilto, tenha bom senso. 

17 comentários:

  1. Apenas rapidamente considerando o que expõe, primeiro que EU NÃO SOU PASTOR, apenas sou conhecido como "Professor Azenilto Brito", pois legalmente tenho direito a tal título.

    Segundo, a sua visão dispensacionalista dianenhumista passa por alto o equívoco de dizer que "não existe lei de guarda de domingo". Para isso precisa saber que EXISTE SIM SENHOR, segundo documentos confessionais clássicos, históricos, da Igreja Protestante/Evangélica. Para saber melhor sobre isso, veja este vídeo de 20 minutos, onde esclarecemos muito bem e documentadamente a questão:

    https://www.youtube.com/watch?v=uVumxxRFKSY&feature=youtu.be

    Sobre o dispensacionalismo, o fato de alguns terem antes de Margaret MacDonald se expressado em termos do que mais tarde foi incorporado como ideias dispensacionalistas NÃO NEGA O FATO HISTÓRICO de que a grande ênfase e empolgação em torno dessa "escola interpretativa" deu-se com as atuações de vários homens, destacando-se Darby e Scofield. Este último, que nem era formado em Teologia, foi o grande sistematizador das teses dispensacionalistas, e quem condena tal linha de pensamento são autoridades da própria grei evangélica, como cito--Dr. Russell Shedd, o bispo metodista Ildo de Melo. E há um livro no site do Monergismo muito bom, porque trata também dos aspectos de Lei X Graça, que para mim é o pior vício do dispensacionalismo (os citados acima só se preocupam com os aspectos escatológicos).

    http://monergismo.com/wp-content/uploads/evangelho-reino_philip-mauro.pdf

    Sobre a questão do estado dos mortos, temos um longo questionário de 30 perguntas aos que creem na imortalidade da alma, que foi até respondido, mas demos réplica às respostas dadas. Falta quem tope dar tréplica:


    https://www.foroadventista.org/forum/foros-em-portuguãªs/temas-bã­blicos-aa/35436-30-perguntas-aos-que-creem-na-imortalidade-da-alma

    Ficarei só por aqui por ora. . .

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    1. Não preciso responder, já que nenhuma passagem bíblica foi citada e eu não me importo com o que confissões de fé e documentos oficiais dizem, se não forem embasados na Bíblia.

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    2. Os documentos confessionais são todos exposições de crenças consensuais de cristãos BASEADAS INTEIRAMENTE NA BÍBLIA. A questão do dia de repouso é demonstrado como tendo por base os princípios bíblicos, com textos e mais textos citados de comprovação do exposto. A única diferença é que EQUIVOCADAMENTE trocam o sábado pelo domingo, mas pelo menos a questão é situada no seu correto embasamento.

      Daí, tem-se que apenas definir o QUANDO seria o dia a dedicar ao Senhor. Infelizmente, devido à LAVAGEM CEREBRAL dessa Teologia DEFORMADA do dispensacionalismo, desde meados do séc. XIX, trocou-se a questão do QUANDO seria tal dia, pelo SE há sequer tal mandamento para a Igreja.

      Isso discutimos num estudo que tem por título, "Quem Trocou o QUANDO pelo SE":

      https://www.facebook.com/azenilto.brito/posts/10154622586399824

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    3. Filhote, assim como você, eu não concordo com a exegese desses textos das confissões e normas. Agora, se você quiser continuar com essa sua grosseria, fique a vontade. Isso só me mostra que sua apologia é a um falso deus.

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    4. É estranho tratar como grosseria o que eu exponho quando lhe tratei pessoalmente com respeito todo o tempo.

      O problema nessa "independência" quanto às normas confessionais é que isso coloca o indivíduo sob um amplo "guarda-chuva", como o trecho do artigo que reproduzo abaixo, do Dr. Nicodemus Lopes, apresenta.

      Aliás, ao dizer que o seu pastor presbiteriano deu-lhe liberdade de interpretar a questão do "4o. mandamento" como lhe desse na veneta mostra um problema sério: Os presbiterianos aqui nos EUA também resolveram ser independentes das normas tradicionais de sua Confissão de Fé, e deu no que deu--decidiram que podem se casar com pessoas do mesmo sexo, e o pastor realizar a cerimônia. Então, cuidado, as coisas começam a degringolar assim (ou seja, se for contrário a essa decisão dos presbiterianos americanos, não sei. . .).

      Pois bem, veja este pequeno artigo referido (do mestre presbiteriano brasileiro Augustus Nicodemus:

      ** A TEOLOGIA DO GUARDA-CHUVA FURADO **

      Para os que negam a importância dos documentos confessionais denominacionais clássicos, históricos, diz o Rev. Nicodemus Lopes (líder presbiteriano):

      “Hoje em dia essa coisa não é bem aceita na Igreja porque o espírito atual é de indefinição. As pessoas não querem saber de precisão doutrinária, de exatidão e formulações doutrinárias. Preferem um evangelicalismo vago e sem muita definição. Estão sob um ‘guarda-chuva’, debaixo do qual, estão pessoas com as mais diferentes convicções, algumas delas até heréticas, vivendo harmoniosamente. Mas posso lhes assegurar que não foi assim na fundação da nossa igreja e quando ela recebeu sua formatação teológica através da Confissão de Fé de Westminster. As pessoas que estavam presentes àquela assembleia e escreveram os documentos da nossa Igreja foram chamados de os Puritanos ou mais precisamente preciosistas. Sabe por que colocaram este apelido pejorativo (preciosistas) nos Puritanos, que também foi um apelido colocado pejorativamente? Porque eles faziam questão de definir a doutrina. Faziam questão de chegar a uma formulação doutrinária o tanto quanto possível exata com a Palavra de Deus.

      “E faziam questão de que a unidade da Igreja fosse feita em cima destas verdades auferidas da Palavra, através da exegese correta. Os tempos mudaram e o que vemos hoje é uma falta de definição, uma falta de precisão e profundidade teológica. Digo isso por amor à Igreja, e não estou querendo generalizar, pois existem exceções, pelas quais damos graças a Deus, mas creio que concordarão comigo que esse é o ‘espírito da época’. Um espírito que foge de definição, de uma aferição exata dos posicionamentos doutrinários".


      - Fonte: http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/AstutasCiladasDiabo-Nicodemus.htm

      - Obs.: Observem o título do artigo dele, falando em astutas ciladas do diabo. A coisa, então, é mesmo séria. . .

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    5. "Aliás, ao dizer que o seu pastor presbiteriano deu-lhe liberdade de interpretar a questão do "4o. mandamento" como lhe desse na veneta mostra um problema sério: Os presbiterianos aqui nos EUA também resolveram ser independentes das normas tradicionais de sua Confissão de Fé, e deu no que deu--decidiram que podem se casar com pessoas do mesmo sexo, e o pastor realizar a cerimônia. Então, cuidado, as coisas começam a degringolar assim (ou seja, se for contrário a essa decisão dos presbiterianos americanos, não sei. . .)"

      Esse é um exemplo de falácia do declive escorregadio. Ou seja, "se você aceitar A, logo escorregará para Z", sem nenhuma relação causal necessária estabelecida. Eu prefiro me apoiar na bíblia e em estudiosos do que em confissões de fé. Se elas estiverem de acordo com o que o texto bíblico diz, eu aceito. Se não, não. Minha autoridade é a Escritura, não a confissão de fé.

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    6. Os que estabeleceram as confissões de fé acaso não eram "estudiosos", e essas não expressam exatamente o que a Bíblia ensina? O que tais documentos estabelecem é a norma de entendimento mais acurada a que tais "estudiosos" chegaram e querem transmitir aos membros de suas respectivas Igrejas.

      Ademais, os que levaram os presbiterianos americanos (e outros) a acatarem essas tendências modernas de reinterpretação do texto bíblico, que levou a aceitarem o casamento homossexual, são bem "estudiosos" também. . . Assim, não desfaço nada do que disse antes.

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    7. Assim como você não concorda com tudo o que eles dizem, eu também não concordo ;)

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    8. "Não desfaço o que eu disse" - continue com sua argumentação falaciosa então.

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    9. Eu tenho o mesmo direito de dizer que falaciosa é a sua argumentação. Sem falar no DESRESPEITO de utilizar uma foto minha sem autorização, coisa que no Facebook, por exemplo, é motivo de eliminação imediata da foto e reprimenda a quem o fez (quando não, suspensão. . .).

      Tenho visto professos crentes levando carão de gente que nem é da fé evangélica em embates desse tipo do Facebook, coisa vexatória, ¿verdad?

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    10. Pronto, a foto foi retirada
      Na verdade, sem apontar uma falácia lógica, você não tem o direito de dizer que minha argumentação é falaciosa ¯\_(ツ)_/¯

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    11. Obrigado por remover a foto. Quanto a sua alegação de que não apresenta argumentação falaciosa, o que eu expus demonstra muitas falácias.

      Mas não vale a pena ficar numa eterna discussão com quem já tem a "cabeça feita" de oposição à verdade. Farei diferente: já que coloca ideias de ex-adventista que parece ser (não explicou isso em seus textos), que tal eu colocar o meu testemunho de nascido e criado no ambiente de uma tradicional Igreja Evangélica, tornando-me adventista quando jovem, após muito exame comparativo dos dois campos do debate? Farei isso mais abaixo.

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  2. Ah sim, sobre como não somos condicionados por Ellen White, falsa alegação constante de muitos, temos estas declarações da própria Sra. White:

    “Eu lhe recomendo, caro leitor, a Palavra de Deus como regra de fé e prática. Por essa Palavra devemos ser julgados”.–“Primeiros Escritos”, p. 78.

    “O Espírito não foi dado, nem nunca poderá ser concedido, para suplantar a Bíblia, pois as Escrituras explicitamente declaram que a Palavra de Deus é o padrão pelo qual todo ensino e experiência deve ser testado”.—“O Grande Conflito”, Introdução, p. vii.

    “Pouca atenção é dedicada à Bíblia, e o Senhor concedeu uma luz menor que conduz homens e mulheres à luz maior”.—“The Review and Herald”, 20 de janeiro de 1903.

    “A Bíblia e a Bíblia só, deve ser nosso credo, o único elo de união; todos quantos se inclinarem a esta Santa Palavra estarão em harmonia. Nossas próprias opiniões e ideias não devem controlar nossos esforços. O homem é falível, mas a Palavra de Deus é infalível. . . . Ergamos a bandeira na qual está inscrita, A Bíblia, nossa regra de fé e disciplina”.—“Mensagens Escolhidas”, Liv I, p. 416.

    “Com respeito a infalibilidade, nunca a reivindiquei; Deus somente é infalível. Sua palavra é a verdade, e Nele não há variação, nem sombra de mudança”.—“Mensagens Escolhidas”, Liv I, p. 37.


    *Conclusão:* ainda que fosse verdade que a autoridade final de doutrina e prática adventista sejam os escritos de Ellen G. White, eles terminam remetendo a pessoa à Bíblia! Então, não há por onde escapar: A Bíblia tem que ser mesmo o fundamento da fé adventista, mesmo quando os opositores distorçam nossas posições.

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  3. .
    ** POR QUE DEIXEI O EVANGELICALISMO E NÃO SINTO INSPIRAÇÃO NENHUMA DE RETORNAR A TAL MEIO **

    • * QUEM TRABALHA NO DOMINGO, DO SENHOR ESTÁ ROUBANDO?

    Quando me tornei adventista—oriundo de uma tradicional Igreja evangélica—aprendi que os 4 primeiros mandamentos do Decálogo tratam de nossos deveres para com Deus, e os 6 últimos, idem para com o próximo. Achei isso tão lógico e belo que ficava intrigado por que os demais crentes não podiam entender isso.

    Mais tarde, pesquisando mais a fundo os ensinos oficiais das diferentes igrejas, fiquei GRATAMENTE SURPRESO ao descobrir que isso não é ensino exclusivo dos adventistas. Faz parte da mais legítima tradição da Teologia Reformada. Os luteranos, presbiterianos, batistas e anglicanos dizem exatamente isso em seus documentos confessionais de SÉCULOS. E antes da Reforma Protestante, já católicos e ortodoxos ensinavam basicamente o mesmo.

    Aliás, o que me despertou à importância do preceito do sábado foi um corinho que aprendi na Esc. Dominical, quando criança, e que dizia a certa altura que “. . . quem trabalha no domingo, do Senhor está roubando”. Isso desde então incutiu-me na mente a IMPORTÂNCIA desse preceito bíblico, o 4o. Mandamento da Lei Moral de Deus, como ainda OFICIALMENTE consta dos documentos confessionais das Igrejas todas da cristandade protestante (embora o reinterpretando para o injustificável domingo da tradição católica).

    Mais tarde, aprofundando-me no estudo dessa questão, entendi que o princípio expresso no corinho está CERTO, mas o dia. . . ERRADO! E tenho perguntado a crentes por aí se as crianças em suas igrejas ainda cantam esse corinho, e se não o fazem, por que não? O que mudou—o Senhor ou a teologia?

    Até hoje ninguém me deu resposta.

    Mas estendendo o relato acima, eis alguns lances interessantes de minha experiência familiar pessoal que ilustra o problema do impacto do neoantinomismo dispensacionalista no meio evangélico:

    Não imaginam o que eu enfrentei dentro de minha própria casa, com um pai altamente intolerante, que debochava, usava todo tipo de sofisma e argumentos escusos para dissuadir-me de aceitar a mensagem adventista. Ele era um veterano membro dessa igreja onde nos criou desde pequenos (eu e minhas 4 irmãs).

    Engraçado (e isso é típico entre os evangélicos em geral) que a própria Igreja Congregacional ensina OFICIALMENTE a vigência da lei dos Dez Mandamentos. Eis o que diz um documento confessional da dita Igreja (o que constitui Teologia Reformada):

    “BREVE EXPOSIÇÃO DAS DOUTRINAS FUNDAMENTAIS DO CRISTIANISMO”

    “Art. 21º - Da Obediência dos Crentes - Ainda que os salvos não obtenham a salvação pela obediência à lei senão pelos merecimentos de Jesus Cristo, recebem a lei e todos os preceitos de Deus como um meio pelo qual Ele manifesta sua vontade sobre o procedimento dos remidos e guardam-nos tanto mais cuidadosa e gratamente por se acharem salvos de graça. Ef 2:8,9; I Jo 5:2,3; Tt 3:4-8.”

    O próprio hinário dos congregacionais, ‘Salmos e Hinos’, têm belos hinos de exaltação à lei divina, e um deles, de no. 517, chega a dizer: “lei de Deus falsificada . . . rejeitai. Lei de Deus não muda, o Senhor ajuda quem a cumprir, sem desistir. . .” Esse hino também é do ‘Cantor Cristão’, hinário batista, no. 468.

    Lembro-me que quando garoto, ao voltar da igreja aos domingos queria ir assistir a um jogo de futebol de várzea perto de casa, e meu pai não deixava de jeito nenhum. Também os filhos não podiam estudar para provas que caíam na 2a. feira durante as horas do dia de domingo. Eu não ia a atividades várias programadas na escola aos domingos porque a família não deixava. Era para respeitar o “dia do Senhor”.

    [Conclui no próximo quadro]

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  4. **A VISITA DO BEM-INTENCIONADO SR. MANOEL E SUA PERPLEXIDADE SOBRE UM ENSINO ADVENTISTA EM CONTRASTE COM SUAS IDEIAS DISPENSACIONALISTAS **

    Quando mostrei ao meu pai a argumentação dos adventistas em defesa do sábado e refutação do domingo notei que ele ficou sem saber o que dizer, mas passou a atacar os adventistas e observadores do sábado em geral como “legalistas” que desejam salvar-se pela prática das obras. Mas os amigos adventistas me apresentaram DOCUMENTOS OFICIAIS da IASD falando em salvação inteiramente pela graça, nada de legalismo (ver “Nisto Cremos”, arts. 9, 10 e 19). Assim, constatei que havia uma total distorção dos fatos. Os adventistas não eram mais legalistas por observarem o 4o. mandamento da lei (sobre o sábado) do que os evangélicos em geral por respeitarem os termos do 2o. mandamento, não cultuando imagens.

    Mas a busca pelos fatos prosseguiu, e meu pai e outros da Igreja que vieram em meu “auxílio” partiram para uma argumentação que logo percebi ser absurda: negavam a validade do Decálogo como norma de conduta cristã e vinham com certos argumentos que não me convenciam de modo algum e nem corresponde à Teologia Reformada:

    * estamos agora na “aliança da graça” (como se antes a salvação era pela lei e graça só existe da cruz para cá. . .);

    * a lei e os profetas “duraram até João” (argumento que meu pai usava esquecido de que depois de João continuou a haver tanto lei [Mat. 19:17; Luc. 23:56; Rom. 3:31] quanto profetas [Atos 11:27; 13:1, etc.]);

    * a lei agora resume-se em “amar a Deus” e “amar ao próximo” (mas Jesus apenas repete o que Moisés havia dito, exatamente nesses termos—cf. Deut. 6:5 e Lev. 19:18);

    * Jesus cumpriu a lei por nós (só que Ele também recomendou sua mais estrita observância—Mat. 5:19, 20);

    E por aí vai. . .

    Em vista do que eu via na literatura OFICIAL da Igreja percebi que estavam me “enrolando” por não saberem como justificar a tradição dominical, de origem católica. E meus amigos presbiterianos, dos “irmãos unidos”, batistas não pareciam saber melhor como resolver os problemas. Os documentos oficiais de todas essas igrejas [que se qualificariam como “reformadas”] ensinam que devemos observar TODOS os mandamentos do Decálogo como norma de conduta cristã, e que o domingo era mesmo um dia especial por causa da Ressurreição. Mas, de repente, quando lhes apresentava os pontos que meus amigos adventistas me indicavam refutando os argumentos pró-domingo, mudavam também a Teologia, apresentando essas alegações que acima enumerei. Enfim, uma confusão e contradição incríveis. . .

    Um bom irmão, chamado Manuel, diácono da Igreja por anos, veio me “ajudar”. Ele começou a explicar que agora estamos na “dispensação na graça” e não mais “da lei”. Foi quando lhe perguntei como se salvavam as pessoas no tempo da “dispensação da lei”. Ele respondeu com naturalidade que era “pela lei”, mas agora a salvação “é inteiramente pela graça”. Disse-lhe então que aprendera com os adventistas que a salvação SEMPRE FOI PELA GRAÇA. Homem algum jamais pôde salvar-se por reunir méritos diante de Deus, então esse ensino de “dispensação da lei” ‘versus’ “dispensação da graça” estava totalmente equivocado.O homem arregalou os olhos, pois nunca havia aprendido isso em seus muitos anos de frequência à Igreja.

    A questão básica, portanto, não é SE há um mandamento divino para dedicar o sétimo dia ao Senhor, e sim QUANDO é esse dia—sábado, domingo, ou outro qualquer. Como NÃO HÁ MEIOS DE PROVAR que não seja o sábado, se “esquecem” do que estipulam as próprias Confissões de Fé oficiais de suas igrejas e vão recorrer às teses neoantinomistas, que não correspondem à Teologia Reformada, e sim a uma clara Teologia DEFORMADA, que domina o pensamento do evangelicalismo moderno.

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  5. Achei mais coerente os argumentos do professor Azenilto de Brito.

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  6. Prefiro seguir sempre a Bíblia (posição do Felipe) e cito o que o apóstolo Paulo escreveu em Tt 3.9-11:"Mas não entres em...e nos debates acerca da lei; porque são coisas inúteis e vãs. Ao homem herege, depois de uma ou outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido...".

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