quinta-feira, 5 de março de 2015

Eles Foram Reais? Uma Defesa Cientifica de Adão e Eva


Por Fazale Rana

Adão e Eva existiram? Toda a humanidade originou de um único par? Essas questões não são tópicos periféricos para um debate acadêmico; eles são centrais para a fé Cristã.

Para esse fim, os recentes avanços na genética molecular são bem provocativos. Como Hugh Ross e eu [Fuz Rana] discutimos em Who Was Adam? [Quem Foi Adão?], numerosos estudos indicam que a humanidade originou: (1) recentemente (em torno de 100,000 anos atrás, mais ou menos 20,000 anos); em uma única localização (Leste da África)–perto de onde alguns estudiosos da Bíblia pensam que o Jardim do Éden Estava localizado; e (3) de uma pequena população de indivíduos.
Alem disso, analises do DNA mitocondrial (que fornece pistas sobre a origem da linhagem materna) indicam que a humanidade remonta a seqüência de um único ancestral que pode ser interpretado como uma única mulher. Similarmente, caracterização do DNAcromossômico-Y (que fornece pistas sobre a origem da linhagem paterna) indicam que todos os homens remontam a um único ancestral que pode ser interpretado como um único homem.
Esses resultados assombrosos harmonizam com a leitura tradicional dos relatos bíblicos das origens humanas, e sugerem que Adão e Eva provavelmente existiram como pessoas reais que deram inicio a toda a humanidade.

Mas Adão e Eva Existiram? Tamanho Populacional

Outros desafiaram essa interpretação, argumentando que os dados genéticos mostram que a humanidade veio de milhares de indivíduos, não dois. [1] A base chefe para essa afirmação vem da estimativa do tamanho populacional de humanos ancestrais baseado na diversidade genética.
É possível estimar o tamanho populacional efetivo de qualquer grupo ancestral da diversidade genética da população atual se a taxa de mutação for conhecida. Como discutido em Who Was Adam?, um numero desses tipos de estudos de fato indicam que humanos vem de uma população pequena, de algumas centenas a alguns milhares. [2]
Céticos da leitura tradicional do relato bíblico das origens humanas acriticamente aceitam esses resultados. Eles argumentam que os dados indicam que a humanidade experimentou um gargalo genético, com a população entrando em colapso para relativamente um pequeno numero de indivíduos. Conseqüentemente, a humanidade iniciou de milhares de indivíduos, não um único par primitivo.
Críticos também apontam outros métodos para modelar o tamanho da população ancestral que não dependem de mutações, mas de outros processos para gerar diversidade genética. [3] Estudos usando essas técnicas também indicam que a humanidade veio de tamanhos populacionais na ordem de alguns milhares de indivíduos.

Qual Era o Tamanho Populacional, Realmente?

Tendo que encarar esse desafio é importante reconhecer que o tamanho populacional gerado por esses métodos são meramente estimativas, não valores rápidos e precisos. O motivo: os modelos matemáticos são altamente idealizados, gerando diferentes estimativas baseadas em um numero de fatores. No caso em questão, considere dois estudos discutidos em Who Was Adam?. Um, mostrado em 2003 por um time de busca Estadunidense e Russo, examinou a seqüência dos elementos do DNA chamados de repetição de tandem curta em 377 localizações no genoma humano para 1,056 indivíduos que representaram 52 grupos de populações. Com base nessa analise, eles concluíram que a humanidade originou de um único ponto de origem (aparentemente a África), de uma população pequena (~2,000 ou menos) entre 71,000 e 142,000 anos atrás. [4] Apesar de essa conclusão ter sido consistente com a de um estudo anterior da repetição de tandem curta, a estimativa do tamanho da população do estudo anterior era de 500 indivíduos. [5] A razão para essa diferença (de 1,500) foi por causa da variação do tamanho da amostra e do numero de lugares no genoma humano que foram estudados.
A humanidade originou de um único par? Mesmo se a população estimada revelar que a humanidade originou de várias centenas a vários milhares de indivíduos baseado em modelos matemáticos, pode muito bem ser o caso de que esses modelos superestimam o numero original dos primeiros humanos.
E é importante notar que a origem da humanidade da uma população pequena é consistente com a existência de um Adão e Eva históricos que deram origem a toda a humanidade. Após a sua criação, o texto bíblico ensina que eles procriaram–tendo vários filhos e filhas (Gênesis 5:4). Dada a limitação desses métodos, pode ser que as estimativas populacionais estejam relatando a estrutura populacional de humanos algum tempo depois de sua criação, quando a população teria sido pequena, da ordem de alguns milhares? Adicionalmente, céticos que clamam que a humanidade veio de milhares de indivíduos e não dois, assumem que Adão e Eva eram geneticamente idênticos. Porem, não há pista dessa idéia nas Escrituras. Quando Eva é criada, Deus pega material do lado de Adão e o reconstrói (bana no hebraico original). Parte desse processo pode ter envolvido a introdução de diferenças genéticas no genoma de Eva que fez Adão e Eva geneticamente heterogêneos.
Assim como com ovelhas muflão, se a seleção natural levou a um aumento na diversidade genética de humanos, então a estimativa do tamanho da população original da humanidade seria artificialmente alta.

Somos Todos como Ovelhas?

Em 2007, um time de pesquisa relatou sobre a diversidade genética da ovelha muflão selvagem em uma das ilhas que fazem parte do arquipélago sub-Antartico Kerguelen. [6] Esse grupo de ovelhas forneceu aos pesquisadores uma oportunidade sem precedente para estudar os efeitos da população dinâmica na diversidade genética em pequenas populações.
Em 1957, um macho e uma fêmea soberanos foram colocados na ilha Haute (uma ilha n Arquipélago Kerguelen). Essas duas ovelhas foram tiradas de uma população cativa na França. No começo da década de 70, o numero aumentou para 100 indivíduos e depois para 700 ovelhas em 1977. Desde aquela época, a população flutuou de forma cíclica de entre 250 a 700 membros. Dado que a população começou com apenas dois indivíduos (o efeito fundador), que tem experimentado mudanças cíclicas no tamanho populacional, e foi isolada em uma ilha, os pesquisadores esperavam diversidade genética muito pequena (medida como heterozigosidade).
Usando modelos matemáticos, a heterozigosidade de uma população pode ser computada em qualquer ponto no tempo da heterozigosidade da população ancestral (que foi conhecida pelo par muflão original) e o tamanho da população original. O que os pesquisadores descobriram, no entanto, quando eles mediram a quantidade direta para as ovelhas na Ilha Haute, foi que ela excedia as predições feitas pelos modelos por até um fator de 4. Em outras palavras, os modelos subestimaram a diversidade genética da população atual.
Os pesquisadores explicaram essa discrepância especulando que a seleção natural leva ao crescimento na diversidade genética, já que um aumento na variabilidade genética aumenta a sobrevivência da população.
Conseqüentemente, se esses mesmos modelos foram usados para estimar o tamanho efetivo da população ancestral da medição da diversidade genética em qualquer ponto no tempo, eles teriam superestimado o tamanho da população original mais larga que dois indivíduos.
Por fim, a razão primaria para pensar que a humanidade veio de um único par não fica em estimativas populacionais, mas no fato de que a amostra do cromossomo-Y e da seqüência de DNA mitocondrial de humanos vivos hoje remontam a uma seqüência ancestral única. Novamente, isso pode ser entendido como refletindo uma origem de um único homem e uma única mulher.

Uma Mulher de Sorte, Um Homem de Sorte?

Mesmo que os dados genéticos remontem a origem da humanidade de volta a uma única mulher e um único homem, biólogos evolucionistas são rápidos em afirmar que a Eva mitocondrial e o Adão cromossômico-Y não foram os primeiros humanos. Ao invés disso, de acordo com eles, muitas “Evas” e “Adãos” existiram. [7] Portanto, Eva mitocondrial e Adão cromossômico-Y foram os sortudos que o material genético aconteceu de sobreviver. As linhas genéticas dos outros primeiros humanos foram se perdendo com o tempo.
Apesar dessa explicação não estar fora de cogitação, é altamente artificial. Funcionaria apenas se alguns dos primeiros humanos reproduziram, ou foram permitidos de reproduzir. Se os dados têm algum valor, o modelo bíblico é a explicação mais parcimoniosa.
Mesmo que os biólogos evolucionistas ofereçam formas de explicar as implicações da informação genética da população humana, essas explicações – impregnada no naturalismo – não são necessariamente superiores a uma interpretação que se encaixa inteiramente com o relato bíblico. A defesa cientifica para o Adão e a Eva bíblicos se mantém firmes.

Fontes

[1] – Por exemplo, veja o posto no blog por Dennis Venema e Darrel Falk, Does Genetics Point to a Single Primal Couple?The Biologos Forum, acessado em 17 de Setembro, 2010. [Por mim, acessado dia 5 de Março de 2015]
[2] – Fazale Rana com Hugh Ross, “Who Was Adam?” (Colorado Springs, CO: NavPress, 2005), 55–75.
[3] – Venema e Falk, “Single Primal Couple?”
[4] – Lev A. Zhivotovsky, Noah A. Rosenberg, e Marcus W. Feldman, “Features of Evolution and Expansion of Modern Humans, Inferred from Genomewide Micro Satellite Markers”, American Journal of Human Genetics 72 (2003)” 1171–86.
[5] – Lev A. Zhivotovsky et al., “Human Population Expansion and Microsatellite Variation”, Molecular Biology and Evolution 17 (2000): 757–67.
[6] – Renaud Kaeuffer et al., “Unexpected Heterozygosity in an Island Mouflon Population Founded by a Single Pair of Individuals,” Proceeding of the Royal Society B 274 (2007): 527–33.
[7] – Por exemblo veja Darrel Falk e Francis Collins, Who Was Mitochondrial Eve? Who Was Y-chromosome Adam? How Do They Relate to Genesis? The Biologos Forum, acessado em 17 de Setembro, 2010. [Esta fora do ar]

Traduzido de: Fazale Rana, “Reasons to Believe - Were They Real? The Scientific Case for Adam and Eve” (1 de outubro de 2010), http://www.reasons.org/articles/were-they-real-the-scientific-case-for-adam-and-eve

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