quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Por que Jesus e o Espirito Santo não sabem a hora? (Marcos 13 e Mateus 24)


Uma objeção comum à divindade de Cristo e a Trindade vêm de Marcos 13 e Mateus 24. Nessas duas passagens, Jesus diz que nem o Filho, nem o Espírito Santo sabem a hora do seu retorno. Isso significa que ambos não são oniscientes?

Marcos 13 e Mateus 24

As passagens dizem:

"Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai." Marcos 13:32 / Mateus 24:36

Porque Jesus e o Espírito Santo não sabiam a hora?

A maioria dos cristãos diria que isso se deve as limitações de Jesus em seu corpo humano. Ele também sentiu fome, dormiu e descansou e sentiu dor. Como dividia duas naturezas, ele cooperou com as limitações impostas por sua natureza humana. Hebreus 2:9 diz:

…aquele que por um pouco foi feito menor do que os anjos, Jesus, coroado de honra e glória por ter sofrido a morte, para que, pela graça de Deus, em favor de todos, experimentasse a morte.

Então, as escrituras nos mostram que Jesus se voluntariamente sofreu as limitações de ser humano. Essa é a explicação que a maioria dos cristãos vai dar. Mas há problemas com ela (pelo menos para responder a essa objeção). Jesus disse que apenas o Pai sabia, mas por que não o Espírito Santo? Há uma resposta, e se você olhar o contexto completo em Marcos 13 e Mateus 24 e o contexto cultural, ela aparece.
Na cultura Judaica antigas, o casamento era quase sempre arranjado. Depois do casamento ter sido arranjado, o noivo fazia os preparativos na casa de seu pai, onde ele e sua esposa iriam viver. O costume dizia que o pai do noivo iria decidir quando os preparativos estavam terminados e a casa pronta para o jovem casal se mudar para la. O que significa que apenas o pai sabia quando seria o tempo do noivo se juntar a sua noiva. Mas isso não significa que o noivo não sabia o tempo certo. O casamento era um grande evento na época, bem maior do que atualmente. Era um grande evento em comunidade. Isso significa que as pessoas tinham que se preparar antecipadamente para o evento, e reservar um tempo de seu trabalho diário. O dia tem que ser conhecido semanas antes, para que as pessoas pudessem ajustar seus horários para o casamento. Preparativos, como reserva de comida, também tinha que ser preparado com antecedência, já que não havia refrigeração ou supermercado. Todos sabiam quando o casamento estava chegando, no entanto, era costume em respeito ao pai e ao noivo dizer que apenas o pai sabia quando o noivo ficaria com sua noiva.
Com isso em mente, um novo entendimento de Marcos 13.32 e Mateus 24.36 aparece. Jesus não estava dizendo que ele e o Espírito Santo não sabiam quando os eventos de sua volta aconteceriam. Estava explicando com o que a tribulação seria parecida. Onde todos sabiam o tempo do casamento, mas apenas o Pai diria quando aconteceria.

Traduzido de: Inspiring Philosophy, “Why Didn’t Jesus & the Holy Spirit Know the Hour?”https://www.youtube.com/watch?v=sfdozI26lQQ

6 comentários:

  1. Bem plausível, não conhecia essa visão sobre o assunto. Gostei!

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  2. Acredito na Outra Opção.. Jesus não usava a sua Onisciência no momento que estava na Terra como Homem...
    Tudo bem mas Porque Só o Pai, porque não o Espirito Santo...
    .. Se Cristo citase Naquela Hora, "Só o Pai e o Espirito S, Sabem o Dia e a Hora" iria Criar questionamentos,.. Naquele momento o Discípulos tinha Duvida da Própria Divindade de Cristo, ainda não Entendiam completamente sobre sua Divindade, Muito menos sobre o Espirito Santo.. Eles nem Sabiam que Existia O Espirito Santo.. Só bem depois quando Cristo disse que Enviaria o Consolador.. Acho que Cristo não Achou que fosse de suma Importância explicar o Conceito de Trindade, se Hoje Alguns já Acha estranho, não Entendem, Imagina os Discípulos com sua Capacidades Limitadas da Época. Só criaria confusão na Mente Deles.. O que Deus não queria era Ministros do Evangelho com duvidas sobre a Trindade..

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  3. Srs,
    O Velho Testamento nos mostra quem era Jesus antes de encarnar-se, ou seja, a eterna Palavra de Deus (Salmo 33:6, 107:20, 119:89, 147:15-18). Tais registros nos permitem concluir, claramente, que a Palavra de Deus é o próprio Espirito de Deus ("que saiu da boca de Deus" - Sl 33:6), invalidando, assim, a doutrina herética da trindade.

    O Novo Testamento, como era de se esperar, comprova exatamente isso, dizendo que Jesus Cristo é a eterna Palavra de Deus, como afirma Ap 19:13: "E estava vestido de veste tingida em sangue; e o nome pelo qual se chama é A Palavra de Deus".

    Coexistiriam, em Jesus, duas naturezas distintas: a humana e a divina?

    A Bíblia diz que Jesus, por causa da paixão da morte, esvaziou-se da forma divina, na qual vivia, colocando-a de lado, e, despido dela, assumiu completamente a forma humana (Fp 2:6,7), sendo chamado de segundo Adão (1 Co15:45).

    De tal sorte que, em tudo, a Palavra de Deus tornou-se SEMELHANTE AOS HOMENS, pois somente assim Ela poderia realizar um sacrifício perfeito ("Pelo que convinha que em TUDO, fosse semelhante aos irmãos" - Hb 2:17).

    No entanto, em uma visão mais ampla, acerca da divindade, embora o Verbo tenha se tornado carne, a Palavra não deixou de ser Deus, pois, ao mesmo tempo em que veio à terra para morrer pelos pecadores, Ela estava viva no coração do onipresente Deus, o qual, conforme nos mostra Mt 3:17, bradou do céu, no batismo de Jesus, dizendo: "Este é o meu Filho amado, em que me comprazo" (Deus não ficou mudo).

    Esvaziar-se de si mesmo, significa que a Palavra de Deus esvaziou-se da Sua glória, ou seja, dos Seus atributos divinos (Rm 1: 20), para morrer pelos pecadores. Caso contrário, não poderia, em hipótese alguma, ser considerado um homem perfeito.

    Textos comprobatórios:
    1 - A Palavra vazia da onisciência: " Mas, daquele Dia e hora, ninguém sabe, nem os anjos que estão no céu, nem o Filho, senão o Pai" (Mc 13:32).
    2 - A Palavra vazia da onipresença: " Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido" (Jo 11:21)
    3 - A Palavra vazia da onipotência: " É me dado todo poder no céu e na terra" (Mt 28:18).
    Todavia, embora vazio da divindade e do Seu eterno poder, permaneceram, no segundo Adão, os atributos morais de Deus (santidade, justiça e bondade), pois Jesus foi gerado sem pecado.

    Ocorre que é difícil nos livrarmos dos conceitos trinitarianos, os quais não nos deixam reconhecer, de fato, tal esvaziamento, fazendo-nos aceitar que, ao invés de esvaziar-se da natureza divina, Jesus agregou a ela a natureza humana, perfazendo duas naturezas na mesma pessoa.

    Com tal pensamento, os trinitarianos, sem perceber, invalidam o texto bíblico que fala sobre o esvaziamento de si mesmo e terminam por acreditar e defender que houve, na verdade, um acréscimo (outra heresia antibíblica).

    Porém, Hebreus 2:7 comprova que Jesus tornou-se verdadeiramente homem, pois foi feito, por um pouco de tempo, MENOR DO QUE OS ANJOS, de sorte que, se Ele mantivesse Sua natureza divina e seu eterno poder, a Bíblia teria faltado com a verdade.

    Assim sendo, ser semelhante aos seus irmãos EM TUDO (Hb 2:17), significa, necessariamente, que em NENHUMA circunstância Ele poderia estar de posse da natureza divina, mesmo que neutralizada.

    Imaginemos que uma pessoa diga que abriu mão de toda sua fortuna para viver como uma pessoa pobre, porém, de fato, apenas decidiu não usar seu dinheiro, mantendo-se dono da fortuna. Achas que essa pessoa verdadeiramente abriu mão da sua riqueza? Claro que não.

    Observação: se Jesus mantivesse sua natureza divina, por certo, quando José (seu pai) ficou enfermo e/ou morreu, Jesus o teria salvado da enfermidade/morte, mas a Bíblia nos mostra que Seu ministério iniciou-se somente depois de ter sido ungido pelo Espirito Santo, o que não o impedia, é claro, de ser santo, sábio e irrepreensível, pois fora gerado num estado de perfeição moral e intelectual, como Adão.

    (Continua...)

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  4. (Continuação...)

    Assim sendo, a Palavra de Deus, ao encarnar-se, verdadeiramente abriu mão dos seus atributos divinos (onipresença, onipotência e onisciência, imutabilidade, eternidade) e se tornou um ser humano pleno, limitado no tempo e espaço, exatamente como os demais.

    Mas, e os milagres e as maravilhas que eram operados por Jesus, quem os fazia então? Jesus disse que o Pai que estava n´Ele era quem fazia as obras (Jo 14:10), ou seja, quando Jesus foi ungido pelo Espirito Santo, no batismo, Ele recebeu poder para realizar os milagres e conhecer os segredos dos corações e das mentes, cumprindo-se, assim, o que está escrito em Isaías 11:2 e 66:1.

    Tal acontecimento explica a razão das incessantes orações que Jesus fazia para receber poder, a fim de vencer as tentações e realizar as obras de Deus, e, também, nos revela como o Pai pôde afastar-se d´Ele por ocasião da crucificação (retirando-Lhe o Espirito Santo), de forma a receber os pecados de toda a humanidade em Seu corpo de carne.

    Outra dificuldade que os trinitarianos tem para aceitar essa verdade reside no fato da Bíblia dizer que, em Jesus, habitava, corporalmente, toda a plenitude da divindade (Cl 2:9), o que parece contrariar o esvaziamento citado em Fp 2:7.

    Ocorre que, no homem Jesus, habitava toda a plenitude de Deus, ou seja, n’Ele tínhamos o Pai, a Palavra e o Espírito Santo, conforme disse João Batista: "Porque aquele que Deus enviou fala as Palavras de Deus, pois não Lhe dá o Espírito por medida" (Jo 3:34).

    Ou seja, Deus derramou em Jesus TODA a plenitude da divindade, representada pelo Espirito Santo (João 1:16, João 3:34), o qual Lhe revelava toda a perfeita vontade de Deus, os mistérios divinos, os sentimentos/pensamentos das pessoas e Lhe dava virtude e poder para curar e operar maravilhas:
    1 - Jo 3:32: "E aquilo que ouviu e viu... ".
    2 - Jo 3:11: "Nos dizemos o que sabemos e testificamos o que vimos... ".
    3 - Jo 5:19: "O Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se não o vir fazer o Pai porque tudo quanto ele faz, o Filho faz igualmente".
    4 - Jo 5:30: "Eu não posso de mim mesmo fazer coisa alguma; como ouço, assim julgo, e o meu testemunho é justo, porque não busco a minha vontade, mas a vontade do pai que me enviou".
    5 - Jo 8:26: "O que tenho ouvido, isso falo ao mundo".
    6 - Jo 12:49-50: "Porque eu não tenho falado de mim mesmo, mas o pai que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que ei de dizer e o que ei de falar. E sei que o seu mandamento é a vida eterna. Portanto, o que falo, falo-o como o Pai mo tem dito".
    7 - Jo 14:10: "As palavras que vos digo, não as digo de mim mesmo, mas o pai que está em mim é quem faz as obras".
    8 - Jo 15:15: "Tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer".
    9 - Lc 4:14: "Então, pela virtude do Espirito, voltou Jesus para a Galiléia".
    10 - Lc 5:17: "E a virtude do Senhor estava com ele para curar".

    Por isso, é que está dito que o Pai entregou TUDO nas mãos do Filho (Jo 3:35, Lc 10:22, Jo 5:20).

    (Continua...)

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  5. (Continuação...)

    Outrossim, para entender a plenitude da divindade que foi dada a Jesus é importante relembrar o que foi dito anteriormente: a Palavra de Deus é o Espirito que saiu da boca de Deus (Sl 33:6), o qual (o Espírito) é o próprio Deus (três vezes santo), pois Deus não tem um Espírito, Ele é Espirito (Jo 4:24). Assim sendo, Deus é o Espirito Santo, que, por sua vez, é a própria Palavra de Deus; e os três são UM (1 Jo 5:7).

    A Bíblia fala também de uma glória terrena de Jesus, a qual consistia na GRAÇA e VERDADE que Sua pessoa trouxe ao mundo, em toda sua plenitude (Jo 1:14-17), de forma que estavam escondidos n´Ele todos os tesouros da sabedoria e da ciência divina (Cl 2:3), não havendo outro nome pelo qual devamos ser salvos (At 4:12).

    No entanto, como vimos anteriormente, a glória que tinha antes de se fazer carne, a Palavra de Deus deixou de possuir. Por isso Jesus clamou: "E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse" (Jo 17:5).

    O que significa, então, a GLÓRIA, relatada em Jo 17:5?

    Conforme dito anteriormente, a Bíblia nos revela, em Rm 1:19-23, que a GLORIA de Deus representa os atributos invisíveis de Deus (o Seu eterno poder e divindade), os quais nos foram manifestados nas obras da criação (na natureza).

    Assim sendo, de uma maneira real e concreta, o infinito Deus tornou-se finito, o eterno Deus tornou-se mortal, o onipotente Deus limitou-se ao poder humano, o onipresente Deus limitou-se a ser apenas presente, o onisciente Deus limitou-se a ser apenas ciente, o imutável Deus tornou-se mutável, o Senhor de todas as coisas tornou-se servo, o invisível Deus tornou-se visível, Aquele não pode ser tentado pelo mal deixou-se tentar e Aquele que é três vezes santo fez-se maldição na cruz.

    Ao vencer o inferno e a morte, a Palavra de Deus voltou para o seio do Pai, onde sempre esteve (Jo 3:13), recebendo, de volta, toda a GLÓRIA que possuía antes que o mundo existisse.

    Para finalizar, os trinitarianos citam, comumente, Hb 1:3, a fim de justificar que a Palavra feita carne não se esvaziou da Sua divindade: "O qual (Jesus) é o resplendor da Sua glória e a expressa imagem da sua pessoa (de Deus)" (Hb 1:3). No entanto, eles se esquecem de que o primeiro Adão também foi criado em estado de perfeição, trazendo a imagem e a semelhança de Deus, tal como Jesus (Gn 1:26-27).

    Por isso devemos amar o Senhor Jesus de todo o nosso coração, pois Ele verdadeiramente abriu mão da sua glória, e, como homem de verdade, venceu as tentações e suportou todo o vitupério por amor a nós, diferentemente de Adão.

    Deus te abençoe!!!

    "Deus não é homem, para que minta..." (Nm 23:19).

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  6. Srs,
    Vejo diversos pastores protestantes se referirem aos juízos proferidos pelos concílios católicos como se eles trouxessem verdades absolutas e fossem a "palavra final" em termos de interpretação das Escrituras Sagradas. Muitos, inclusive, confundem a história do catolicismo romano com a história do cristianismo.

    Todavia, tais autoridades religiosas são as mesmas (não as mesmas pessoas, mas as mesmas autoridades) que julgaram, por exemplo, Martin Lutero um herege e o excomungaram. Por isso, não fico perturbado por estar sendo considerado um herege em dizer que a trindade é uma baita heresia, ao contrario, sinto-me orgulhoso, por estar sendo elevado ao mesmo nível daquele que Deus se usou exatamente pra contestar os dogmas e condutas das "autoridades eclesiásticas" que perseguiram e mataram milhares de pessoas.

    Graças a Deus, Lutero pôde romper com as amarras do catolicismo romano, e, com isso, trazer a verdade até nós e permitir que tantas heresias, como a da trindade, fossem desmascaradas, possibilitando, inclusive, que, hoje, pudéssemos tratar desse tema sem sermos mortos.

    Infelizmente não são todos que enxergam isso.

    Para encerrar, deixo um versículo muito claro que nos mostra quem era Jesus Cristo:
    "E disse-me o Senhor: Esta porta permanecerá fechada, não se abrirá; ninguém entrará por ela, porque o Senhor, o Deus de Israel entrou por ela; por isso permanecerá fechada" (Ezequiel 44:2).

    Mais claro do que isso é impossível: Jesus Cristo é o próprio e único Deus de Israel.

    Que Deus vos abençoe!!!

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