Antonio Miranda (O cara do
incrível argumento “Deus tem nariz?”), ataca novamente tentando tirar a
credibilidade histórica da história de Jesus. Nesse vídeo, ele
argumenta que Jesus não existiu, mas, se existiu, foi um homem comum. Será que
a argumentação dele passa adiante e seria levada a serio pelos historiadores contemporâneos?
Resposta ao vídeo "A farsa de Jesus" de Antonio Miranda.
Jesus não nasceu dia 25 de dezembro
Não existe parte alguma nos
evangelhos, nas epistolas e nas profecias que digam que Jesus tenha nascido no
dia 25 de dezembro. Essa é a única parte que Antonio Miranda esta certo. Mas
não é nada demais. Ele apenas apontou que uma tradição esta errada.
Notei ao longo do vídeo que
Antonio muitas vezes objeta contra tradições, não contra o Cristianismo. A data
de “25 de dezembro”, “três reis magos”, etc. Esse tipo de coisa é dita como
“incerta” até mesmo nos cultos das igrejas na época do Natal.
Herodes e Quirino (Mateus 2:1 e Lucas 2:2) - 4:45
Isso não é realmente um problema,
já que existem soluções. Quintilio Varo governou a Síria entre 7 a .C e 4 a .C. Ele não era alguém em
que se podia confiar, e com isso causou problemas em 9 d.C, após perder grupos
de soldados na floresta de Teutoburgo. Já Quirino era um ótimo líder militar.
No período entre 8 a
7 a .C,
Augusto colocou Quirino para resolver problemas na área da Palestina, passando
por cima da autoridade do governo de Varo.
Outros propõem que Quirino
governou a Síria duas vezes, uma entre 12 e 2 aC , e outra começando em 6
d.C. Existe uma evidencia disso, descoberta em 1764, que se refere a Quirino
como governador da Síria duas vezes.
Norman Geisler e Thomas Howe
também propõem que a palavra “Protos”, em grego, pode ser traduzida como
“antes”. Assim, a passagem ficaria “Este
recenseamento foi feito antes de Quirino ser governador da Síria”. [Geisler
e Howe, “Manual de dificuldades bíblicas, p. 313]
Mateus, Herodes e o massacre dos inocentes – 5:45
É um fato que nenhuma outra fonte
da época menciona esse acontecimento. Porem, não existe também razão para
duvidar. Apesar de Josefo ter registrado cuidadosamente os atos de Herodes,
existem razões para isso não ter sido registrado.
Primeiro, quantos garotos com
idade de dois anos ou menos na pequena cidade de Belém foram massacrados? Dois?
Cinco? Quinze? Mateus não nos diz nada.
Josefo diz que Herodes assassinou
um numero enorme de pessoas, e que era extremamente cruel com os vivos, a ponto
destes chamarem os mortos de sortudos. Então, nos é dito por Josefo que Herodes
não era um “cara maneiro”. Esse nível de crueldade pode nos dizer que
assassinar alguns meninos na pequena Belém foi algo minúsculo no reinado de
Herodes. Historiados J. P. Holding diz:
“Sendo que os
eventos do reinado de Herodes envolveram praticamente uma atrocidade após outra
[...] dificilmente um dia em seu reinado de 36 anos passou com alguém não sendo
sentenciado a morte – Por que qualquer evento em particular deveria causar
rebelião, quando outros em particular, incluindo aqueles registrados por
Josefo, não causaram?” [Tektonics, “The Slaughter of the
Innocents: Historical or Not?”]
Jesus de Belém ou Nazaré? – 6:26
Se Jesus nasceu em Nazaré, e o
nascimento em Belém foi forçado e escrito apenas pra parecer cumprir profecias,
então por que os autores não mudaram o Jesus de Nazaré para Jesus de Belém?
Genealogias diferentes em Mateus e Lucas – 7:25
Isso é simples de se resolver, e
Antonio parece não ter se dado ao trabalho de pesquisar. Primeiro, a genealogia
de Mateus fala de José, o pai legal de Jesus, enquanto a de Lucas fala da de
Maria, a mãe verdadeira de Jesus.
Ambas as genealogias vem de Davi,
porem, com filhos diferentes. O pai pela lei de Jesus, José, tem sua genealogia
ligada a Salomão. Sendo assim, Cristo tem o direito ao trono de Davi (2 Samuel
7:12). Já a mãe verdadeira de Jesus, mostra Cristo como descendente de Natã,
mostrando o lado inteiramente humano de Cristo.
Pode argumentar “mas ambas as
genealogias tem alguns nomes em comum”, porem, esses nomes não eram incomuns e
até mesmo a genealogia de Lucas repete os nomes José e Judá.
Os reis magos não eram reis e nem três – 9:15
E daí? Nada na Bíblia diz que
eram reis e nem três. Até mesmo alguns cultos da igreja falam isso perto do
natal. (A parte do Zoroastrismo eu vou refutar em outro texto)
Os autores dos Evangelhos – 10:05 (Já respondi a isso nesse
outro texto)
Se a igreja escolheu depois quem
foram os autores, fizeram um péssimo trabalho. Marcos e Lucas não eram
discipulos de Jesus. Então, porque colocar eles como autores? Mateus era
discipulo, mas era um dos mais “odiados” já que antes era coletor de importos.
Dr. Craig Blomberg, considerado uma das autoridades mais importantes nas
biografias de Jesus, os quatro evangelhos, diz o seguinte:
“Compare isso
com o que aconteceu quando os fantasiosos evangelhos apócrifos foram escritos
muito depois. As pessoas atribuíram sua autoria a personagens conhecidos e
exemplares: Filipe, Pedro, Maria, Tiago. Esses nomes tinham muito mais
prestígio que os de Mateus, Marcos e Lucas. [...] não haveria por que conferir
a autoria a esses três indivíduos menos respeitáveis se não fossem de fato os
verdadeiros autores.” [Craig Blomberg entrevistado por Lee Strobel, Em Defesa
de Cristo. p. 13]
A credibilidade dos documentos e
a verdade dos fatos descritos independem de quem escreveu ou não os documentos.
Se quem escreveu os evangelhos não foram Marcos, Mateus, Lucas e João, o que
isso significa? Que Jesus não existiu? Que Deus não existe? Que Jesus não
ressuscitou dos mortos? Obviamente não. Como William L. Craig diz:
“A idéia por
traz dessa questão [quem escreveu os evangelhos] parece dizer que a autoria do
Novo Testamento é de alguma forma crucial para eles serem fontes históricas
criveis da vida de Jesus. Eu duvido que qualquer estudioso do Jesus histórico
pense que tendo sucesso em identificar os autores dos vários documentos
coletados no Novo Testamento seja crucial para eles servirem de fontes
históricas com credibilidade para os eventos ou ditos de Jesus” [Reasonable
Faith Q&A, “Gospel
Authorship–Who Cares?”]
Fonte Q – 11:47
Miranda diz que “os Evangelhos
tem o que estudiosos chamam de fonte Q”. Ao invés disso tornar duvidosa a
história dos evangelhos, isso só aumenta sua credibilidade. A chamada fonte Q é
bem mais antiga do que os Evangelhos, dando credibilidade aos dizeres de Jesus.
Historiador Craig Blomberg diz:
“Escute [...]
se isolássemos o material de Q, que retrato de Jesus teríamos? Bem, não se
esqueça de que o documento Q era ma coleção de citações e, portanto, não tinha
material de narrativa capaz de fornecer uma imagem muito ampla de Jesus [...]
Seja como for, Jesus faz ali algumas declarações de peso, por exemplo, a de que
era a personificação da sabedoria e que, por seu intermédio, Deus julgaria toda
a humanidade, fosse aceito ou rejeitado por ela. Recentemente, um livro acadêmico
defendeu a seguinte tese: se todos os dizeres de Q fossem isoladas, seria
obtida a mesma imagem de Jesus que se encontra disseminada nos evangelhos: a de
alguém que fazia afirmações audaciosas sobre si mesmo.” [Craig Blomberg,
entrevistado por Lee Strobel, “Em defesa de Cristo”, p. 33-34]
A idade das cópias do Novo Testamento – 13:38
Aqui ele simplesmente parece não
entender como é feita a reconstrução dos manuscritos. Existem mais de 5600
copias do Novo Testamento em Grego, no original, e mais de 9000 em outras
línguas, e com isso temos uma reconstrução de 99,95% do Novo Testamento. O que mais se aproxima disso é a Ilíada, de Homero, com 650 cópias. É
verdade que as mais antigas são de 150 anos, mas isso só significa que os
originais são datados de antes.
Esses fragmentos dos manuscritos
não se contradizem como alguns podem querer dizer. Eles se completam. A única
duvida que resta é de palavras como “nossa” ou “vossa” e coisas do tipo em
determinadas partes. Não existe documento na história com essa precisão. Como
historiador F. F. Bruce colocou:
"No mundo
não há qualquer corpo de literatura antiga que, à semelhança do Novo
Testamento, desfrute uma tão grande riqueza de confirmação textual" [F. F.
Bruce, The books and the parchments, Old Tappan, p. 178]
E sir Frederic Kenyon, ex-diretor
do Museu Britânico diz:
"Não
resta agora mais nenhuma dúvida de que as Escrituras chegaram até nós
praticamente com o mesmo conteúdo dos escritos originais" [Frederic
Kenyon, The Bible And Archaeology, p. 288]
Pode ser argumentado também que
todos os livros do NT foram escritos antes de 100 d.C. O Novo Testamento foi
citado por Clemente em 95 d.C., por Inácio em 107 d.C. e por Policarpo em 110
d.C. Tendo em mente que Clemente estava em Roma e Inácio e Policarpo em Esmirna,
a centenas de quilômetros, podemos admitir que os documentos foram escritos
muito antes, se não, não poderiam ter circulado todo o mundo antigo daquela
época. Craig Blomberg diz:
Mas a data de 100 d.C. é a data mais posterior que podem ter sido escritos. As datas padrão são 60 d.C. pra Marcos (o primeiro) e 90 d.C. pra João (o ultimo). Porem, podemos argumentar que foram escritas bem antes.
“As datas estabelecidas no meio acadêmico, mesmo nos círculos mais liberais, situam Marcos nos anos na década de 70, Mateus e Lucas na década de 80, e João na década de 90. Observe que essas datas ainda estão dentro do período de vida de várias pessoas que foram testemunhas oculares da vida de Jesus, inclusive daquelas que lhe foram hostis, e que por isso poderiam atuar como parâmetro de correção caso houvesse em circulação algum ensinamento falso sobre Jesus. Conseqüentemente, essas datas mais recentes para os evangelhos não são assim tão recentes. Na verdade, é possível fazer uma comparação muito instrutiva. As duas biografias mais antigas de Alexandre, o Grande, foram escritas por Ariano e Plutarco depois de mais de 400 anos da morte de Alexandre, ocorrida em 323 a .C, e mesmo assim os historiadores as consideram muito confiáveis. É claro que surgiu um material lendário com o decorrer do tempo, mas isso só aconteceu nos séculos posteriores aos dois autores. Por outras palavras, nos primeiros 500 anos, a história de Alexandre ficou quase intacta. O material lendário começou a aparecer nos 500 anos seguintes. Portanto, comparativamente, é insignificante saber se os evangelhos foram escritos 60 ou 30 anos depois da morte de Jesus. Na verdade, a questão praticamente inexiste.” [Strobel, Ibid, p. 44-45]
Mas a data de 100 d.C. é a data mais posterior que podem ter sido escritos. As datas padrão são 60 d.C. pra Marcos (o primeiro) e 90 d.C. pra João (o ultimo). Porem, podemos argumentar que foram escritas bem antes.
Suponha que seu líder, o qual
você segue estando disposto a morrer por ele, dissesse que um grande templo em
sua cidade seria destruído e depois de alguns anos ele tivesse sido realmente
destruído, você não escreveria isso na biografia desse seu líder? Isso acontece
nos evangelhos. Jesus falou sobre a queda do templo em Jerusalém e, 40 anos
após sua morte, o templo foi destruído. Mas nenhum evangelho fala sobre essa
destruição. Por isso, apesar de alguns datarem de mais tarde, podemos saber que
eles foram escritos antes de 70 d.C.
Em grande parte do livro de Atos,
Lucas se dedica a contar a trajetória de Paulo e dos apóstolos detalhadamente.
No entanto, ele não menciona a morte de Paulo e Tiago, os dois principais
lideres cristãos. Por meio de Clemente de Roma, sabemos que Paulo foi executado
no final do reinado de Nero, que terminou no ano de 68 d.C. Por meio de Josefo,
sabemos que Tiago foi morto em 62 d.C.
Então, podemos dizer que ele foi
escrito antes de 62 d.C., e como Atos foi escrito como uma “seqüência” do
evangelho de Lucas, podemos dizer que o Evangelho de Lucas foi escrito ainda
antes.
Como o Evangelho de Lucas começa
com Lucas dizendo a Teófilo que “muitos já se dedicaram a elaborar um relato
dos fatos que se cumpriram...” (Lucas 1.1), sabemos então que o Evangelho de
Marcos, por exemplo, é mais antigo ainda.
Depois de ver quão bem o NT
encaixa-se com os dados arqueológicos e históricos, o arqueologo liberal
William F. Albright escreveu:
“Já podemos
dizer enfaticamente que não há mais nenhuma base sólida para considerar que
algum livro do NT tenha sido escrito depois do ano 80 d.C.” [Recent Discoveries em Bible Lantis, p. 136]
(Eu falei mais sobre datas aqui)
A história da mulher adultera (João 7:53; 8:11) – 17:15
É bem verdade que existe debate
sobre se essa história estaria no original ou não. Porem, essa história esta de
acordo com os ensinamentos de Jesus e não afeta nenhum ensinamento doutrinário
do Cristianismo.
Boa parte dos críticos, porem,
crê que, mesmo se esse episodio não esteve escrito no original, certamente fez
parte da vida de Jesus. Como J. P. Holding disse:
“Até mesmo os
melhores críticos admitem que esse pericopo, apesar de obviamente não fazer
parte do João original, é bem provável de refletir um episodio autentico da
vida de Jesus. [...] o registro de Jesus escrevendo na areia parece ser um
registro de uma testemunha ocular. Por que notar esse detalhe – Mas não notar o
que estava escrito?”
“Alem disso, a
favor da autenticidade esta o fato de que esta história parece ser aludida em
textos patrísticos. Eusébio indica que Papias contou uma história similar de
uma mulher acusada por Jesus de vários pecados.” [Tektonics, “Is John 7:53-8:11
Authentic?”]
Holding prossegue dizendo que o
Didascalia Sírio do terceiro século, que diz para os bispos lidarem com os
pecadores arrependidos “como Ele fez com fez com ela que havia pecado, quando
os anciões se colocaram perante Ele, e deixando o julgamento em Suas mãos” [No
comentário de Morris sobre João, p 883, e o comentário Murray-Beasley, p 143]
Também pode ser apontado essa
passagem a Lucas, pelo uso do vocabulário de Lucas:
“orthros” (“mais cedo” – João
8:2; Lucas 24:1, Atos 5:21)
“Todo o povo” (João 8:2; aparece
quase 20 vezes em Lucas-Atos, mas apenas 5 em Marcos e Mateus juntos)
“Paraginomai” (“aparece” – João
8:2; aparece mais de duas dezenas de vezes em Lucas-Atos, mas apenas 3 vezes em
Mateus, uma em Marcos e outra parte de João)
“Kategoros” (“acusadores” –
Encontrado apenas em Atos 5 vezes)
“Suneideis (“coincidência” –
Encontrado apenas aqui e duas vezes em atos)
“Monte das Oliveiras”, “escribas
e Fariseus”, “velhos” (8:1; 8:3; 8:9) – Único nos Sinóticos, alem daqui em
João.
A história também se encaixa bem
no fato de Lucas ter um interesse especial em mulheres. [Tektonics, IBID]
Códice Sinaitico e Vaticano – 19:33
Aqui ele diz que, como os dois
códices não possuem a história pós ressurreição, terminando com as mulheres
encontrando a tumba vazia, então devemos admitir que a ressurreição foi
inventada posteriormente.
O problema aqui é que ambos os
códices são datados entre 350 d.C. e 450 d.C., e embora o códice Sinaítico seja um dos mais completos manuscritos antigos, existem copias mais antigas do Novo
Testamento.
O Códice Sinaitico não possui o
final de Marcos. Mas isso não é novidade, a própria Bíblia diz que o final não
esta nas copias mais antigas.
Em seu livro “The Risen Jesus and
Future Hope”, o historiador Gary Habermas avalia os trabalhos de mais de 1400
historiadores, dos mais céticos aos mais crentes, e conclui a gigantesca
maioria dos estudiosos acreditam nesses 12 fatos:
2. Ele foi sepultado, muito
provavelmente, num túmulo particular.
3. Pouco tempo depois, os
discípulos ficaram desanimados, desolados e desacorçoados, tendo perdido a
esperança.
4. O túmulo de Jesus foi
encontrado vazio pouco tempo depois de seu sepultamento.
5. Os discípulos tiveram
experiências que acreditaram ser aparições reais do Jesus ressurreto.
6. Devido a essas experiências, a
vida dos discípulos foi totalmente transformada. Depois disso, até mesmo se
dispuseram a morrer por sua crença.
8. O testemunho público e a
pregação dos discípulos sobre a ressurreição de Jesus aconteceram na cidade de
Jerusalém, onde Jesus fora crucificado e sepultado pouco tempo antes.
10. O domingo passou a ser o
principal dia de reunião e adoração.
11. Tiago, irmão de Jesus e
cético antes desse evento, converteu-se quando acreditou que também vira o
Jesus ressurreto.
12. Poucos anos depois, Saulo de
Tarso (Paulo) tornou-se cristão devido a uma experiência que ele também
acreditou ter sido uma aparição do Jesus ressurreto.
[Gary Habermas, “Risen Jesus and Future Hope”,
p. 9-10.]
Historiador ateu Gerd Lüdemann, um dos maiores estudiosos do Novo Testamento do Seminário Jesus, conclui:
“Deve ser considerado historicamente certo que Pedro e os discípulos tiveram experiências após a morte de Jesus, onde este apareceu como o Cristo ressurreto” [Gerd Lüdemann, “What Really Happened to Jesus?”, p. 8.]
Sobre os Apócrifos – 20:47 (Sobre os apócrifos eu comentei mais aqui)
Os apócrifos não foram colocados
na Bíblia justamente por apresentarem um Jesus diferente. Não é que eles “foram
retirados”, eles nunca estiveram. Simplesmente não foram escolhidos. Pra
escolher quais Evangelhos fariam parte da Biblia, a igreja tinha basicamente
tres critérios:
Primeiro – Os livros tinham que
ser escritos por apóstolos, ou seja, tinham que fazer parte dos 12. Marcos foi
aceito porque era ajudante de Pedro e Lucas companheiro de Paulo.
Segundo – O documento tinha que
estar em harmonia com a tradição cristã basica que a igreja reconhecia.
Terceiro – Procurava-se saber se
um documento em especial usava de aceitação e uso continuo por toda a igreja.
Historiador Bruce M. Metzger diz:
“Foi, se é que
se pode falar assim, como se fosse uma espécie de ‘sobrevivência do mais apto’
[...] Podemos estar certos de que nenhum outro livro antigo pode se comparar ao
Novo Testamento em termos de importância para a história ou a doutrina cristãs.
Quando estudamos a história primitiva do cânon, saímos convencidos de que é no
Novo Testamento que encontramos as fontes mais fidedignas para a história de
Jesus. Os que fixaram os limites do cânon tinham uma perspectiva clara e
equilibrada do evangelho de Cristo. Leia os outros documentos e veja por si
mesmo. Eles foram escritos depois dos quatro evangelhos, nos séculos II a VI,
muito tempo depois de Jesus, e, em geral, são muito banais. Seus nomes, como o
Evangelho de Pedro e o de Maria, não correspondem aos autores verdadeiros. Por
outro lado, os quatro evangelhos do Novo Testamento foram prontamente aceitos
com notável unanimidade como portadores de conteúdo autêntico.” [Bruce Metzger
entrevistado por Lee Strobel, “Em Defesa de Cristo”. p. 60]
O Evangelho de Tomé não é
confiável por foi influenciado pelos movimentos gnósticos do século II, III e
IV. Ele é descartado pelo fato de apresentar um Jesus machista e panteísta, bem
diferente dos evangelhos canônicos. Sobre o Evangelho de Tomé, Metzer diz:
"O certo é
que o Evangelho de Tome excluiu a si mesmo! Ele não estava de acordo com os
outros testemunhos sobre Jesus que os cristãos primitivos consideravam dignos
de confiança.” [IBID, p. 62]
Sobre Jesus ser casado (23:18),
nenhum historiador serio vai dizer que qualquer escrito sobre o assunto seja
digno de confiança. Antonio tenta apelar para o Evangelho de Filipe. No
entanto, este foi escrito cerca de 200 anos depois de Jesus (e o próprio
Filipe!) ter morrido. Dr. Darrell L. Bock conclui:
“Se você me
perguntar qual é a evidencia de que Jesus foi casado, há uma resposta bem
curta. Não existe nenhuma.” [Darrell L. Bock, “Was Jesus Married?”]
Ele pode responder “mas eu só
estava mostrando que existem documentos que mostram um Jesus diferente!” Porem,
se esses documentos não são confiáveis por serem contrários a tradição antiga
de Cristo e ter sido escrito em datas bem posteriores, atribuído a autores já
mortos (como Filipe), então isso não serve se real evidencia para mostrar
“faces diferentes” de Jesus.
“Zumbis” e milagres – 25:05
Antonio parece pensar que
“zombaria” é argumento de gente grande. Ele aponta que os milagres não estão em
fontes extra-biblicas, e isso esta meio certo. Porem, isso é pressupor que
nenhum documento do Novo Testamento seja digno de confiança. Os historiadores
levam o Novo Testamento a serio, tratando-os, não como livros inspirados pelo
divino, mas como documentos históricos, que é o que eles eram originalmente, já
que no começo, não havia “O Novo Testamento”, eram apenas documentos
independentes separados. R. T. France, estudioso do Novo Testamento coloca
dessa forma:
“Em seu nível
literário e personagens históricos nós temos bons motivos para tratar os
evangelhos seriamente como fonte de informação da vida e dos ensinamentos de
Jesus, e então da origem histórica do Cristianismo. Historiadores antigos
algumas vezes têm comentado que o nível de ceticismo em que os estudiosos do
Novo Testamento tratam suas fontes é muito maior do que seria através de
qualquer outra área da história antiga. De fato, muitos historiadores antigos
teriam se chamado de sortudos em ter quatro contos responsáveis, escritos de
uma ou duas gerações após os eventos, e preservados de forma tão boa como um
manuscrito antigo [...] Alem disso, a decisão de como o estudioso esta disposto
a aceitar o registro que eles oferecem provavelmente vai ser influenciada mais
por sua abertura a visão de mundo ‘sobrenaturalista’ do que por considerações
estritamente históricas.” [R.
T. France, “The Gospels as Historical Sources for Jesus, the Founder of
Christianity”, p. 86]
Alem disso, os milagres de Jesus
não são mais discutidos no meio acadêmico. Historiadores são praticamente
unânimes quando se trata do fato de que Jesus fez “coisas que chamaram
atenção”.
“Grandes
multidões se juntaram para ouvi-lo pregar e testemunhas os exorcismos e as
curas registradas” [James Tabor, “The Jesus Dynasty”]
“Há pouca
duvida de que as multidões consideraram Jesus um profeta por causa de seus
milagres” [Mark Saucy, “Miracles and Jesus’ Proclamation of the Kingdom of
God”]
“Jesus era
conhecido por fazer ‘feitos poderosos’, de acordo com Josefo, o historiador
romano que escreveu sobre Jesus perto do final do primeiro século. Os evangelhos
concordam. Eles não apenas registram varias histórias de feitos espetaculares
por Jesus, mas também as multidões se reuniram para ver ele por causa de sua
reputação como um curandeiro” [Marcus Borg, “The Mighty Deeds of Jesus”]
“A data mais
antiga do testemunho dos milagres de Jesus, a proximidade das datas dos
documentos escritos aos alegados milagres da vida de Jesus, é praticamente sem
paralelo para o período” [Paul Méier, citado em “Miracles: The Credibility of
the New Testament Accounts”]
“Jesus é
representado como um fazedor de milagres em todo nível da tradição do Novo
Testamento. Isso inclui não apenas os quatro Evangelhos, mas também a
hipotética fonte de dizeres, chamada Q, que pode ter sido escrita apenas alguns
anos após a morte de Jesus. Muitas testemunhas oculares de Cristo ainda
estariam vivas na época que esses documentos foram compostas. Essas testemunhas
foram as fontes da tradição oral a respeito da vida de Jesus, e à luz do seu
ministério muito público, uma forte tradição oral estaria presente em Israel
por muitos anos após sua morte” [Craig Blomberg, “The credibility of Jesus’
miracles”]
“Jesus fez
coisas inexplicáveis as quais as pessoas de sua epoca chamaram de milagres”
[Mark Powell, “The Bible and Interpretation”]
“Os trabalhos
mais recentes nos Evangelhos e comparações com materiais extra-bíblicos, até
mesmo por estudiosos críticos, concluíram que os milagres dos Evangelhos são
uma parte integral do ministério do Jesus histórico” [David Graham, “Jesus As
Miracle Worker”]
“Creio que
podemos estar bem certos de que a fama de Jesus veio como resultado de curas,
especialmente exorcismos” [E. P. Sanders, “The Historical Figure of Jesus”]
“[É]
praticamente indiscutível que Jesus foi um curandeiro e exorcista” [Marcus
Borg, “Jesus, A New Vision: Spirit, Curture and The Life of Discipleship”]
“O que quer
que você pense sobre a possibilidade filosófica de milagres de cura, esta claro
que Jesus foi bastante conhecido por ter os feito” [Bart Ehrman, “The New
Testament: A Historical Introduction to the Early Christian Writings”]
“Até mesmo o
historiador mais crítico pode confiantemente afirmar que um judeu chamado Jesus
trabalhou como professor e fazedor de milagres na Palestina durante o reinado
de Tibério, foi executado por crucificação sob o prefeito Pôncio Pilatos e
continuou a ter seguidores após sua morte” [Luke Timothy Johnson, “The Real
Jesus”]
(James Bishop tem um
artigo em seu site (em inglês) com 58 citações de historiadores sobre os
milagres de Jesus.)
Josefo não falou de Jesus? – 31:33
"Naquele
tempo apareceu Jesus, que era um homem sábio, se todavia devemos considerá-lo
simplesmente como homem, tanto as suas obras eram admiráveis. Ele ensinava os
que tinham prazer em ser instruídos na verdade e foi seguido não somente por
muitos judeus, mas mesmo por muitos gentios. Era o CRISTO. Os mais ilustres da
nossa nação acusaram-no perante Pilatos e ele fê-lo crucificar. Os que o haviam
amado durante a vida não o abandonaram depois da morte. Ele lhes apareceu
ressuscitado e vivo no terceiro dia, como os santos profetas haviam predito e
que ele faria muitos outros milagres. É dele que os cristãos, que vemos ainda
hoje, tiram o seu nome." [Antiguidades 18:63-64]
E Josefo? Teria o escrito dele
sido acrescentado por Cristãos depois? A resposta é não.
Como Amy Orr-Ewing notou, vários
estudiosos consideram valida a menção a Jesus por Josefo, pelo fato de até mesmo
as copias mais antigas terem esse paragrafo. Sendo assim, dizer que essa
citação a Cristo não é confiável derrubaria a confiança de todo o resto do
material de Josefo. Também é notada a possibilidade de Josefo estas zombando
dos Cristãos. [Amy Orr-Ewing, “Por que Confiar na Bíblia?”, p. 58]
Também deve ser dito que até
mesmo copias árabes tem esse parágrafo e, portanto, é improvável que tenha sido
uma adição cristã posterior. Ele tem consciência disso, e em sua
resposta ao Logos Apologética ele colocou a tradução desse texto árabe:
“Nessa época
havia um homem sábio chamado Jesus. Seu comportamento era bom, e sabe-se que
era uma pessoa de virtudes. Muitos dentre os judeus e de outras nações
tornaram-se seus discípulos. Pilatos condenou-o à crucificação e à morte. E
aqueles que haviam sido seus discípulos não deixaram de segui-lo. Eles
relataram que ele lhes havia aparecido três dias depois da crucificação e que
ele estava vivo […] talvez ele fosse o Messias, sobre o qual os profetas
relatavam maravilhas” – (GEISLER, Norman, Enciclopédia de Apologética – Vida
2002, pp.449)
Mas isso é irrelevante. Cristãos
usam a passagem de Josefo para mostrar que fontes fora da Bíblia citam Jesus.
Alem disso, é de se esperar que Josefo não cite Jesus como Cristo, afinal, ele
era Judeu. E também pode ser especulado que essas partes foram retiradas no
texto árabe.
Talvez seja respondido “e dai?
Josefo pode ter tirado todo o material de Marcos”. Porem, isso é improvável,
dada a linguagem usada por Josefo. De acordo com historiador Van Voorst, “a
escrita de praticamente todos os elementos indicam que Josefo não pegou isso,
direta ou indiretamente, de escritos Cristãos do primeiro século.” [Van Voorst
Robert, “Jesus outside the New Testament”]
Outros historiadores não mencionam Jesus? – 36:00
Ele cita algumas pessoas da época
que deveriam ter citado Jesus mas não citaram. Porem, existem dois problemas
aqui. Primeiro, ele novamente pressupõe que o Novo Testamento não são fontes
confiáveis de historia. Como apontado acima, eles aão documentos independentes,
escritos muito próximos dos eventos e sem sinal de linguagem lendária. Nenhum
outro personagem na história tem quatro biografias escritas independentemente
em um espaço de tempo tão curto.
Segundo, em seu livro “The
Verdict of History”, o historiador Gary Habermas lista um total de 39 fontes
antigas que documentam a vida de Jesus. Dentre elas, Habermas enumera mais de
cem obras com fatos relativos à vida de Jesus, seus ensinamentos, a crucificação e a
ressurreição. Isso é mais do que a maioria (se não todos) os outros personagens
da historia antiga que conhecemos. Agora, ele diz que esses documentos “foram
adulterados”, mas não cita se quer uma evidencia de sua afirmação.
Jesus mentiu? – 41:00
Em verdade vos
digo que não passará esta geração até que tudo aconteça. - Lucas 21:32
Isso é simplesmente respondido
pelo fato de Jesus ter também uma natureza humana, e isso limitava seus atributos
divinos. Em outras passagens, Jesus diz que demoraria para voltar, e até mesmo
não sabendo a hora. (Veja esse texto)
Quando pois
vos perseguirem nesta cidade, fugi para outra; porque em verdade vos digo que
não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do homem.
- Mateus 10:23
Uma possível resposta a esse
versículo é a de que Jesus estaria dizendo que se juntaria a Seus discípulos
após a missão deles. “até que venha o Filho do Homem” nunca é usado em Mateus
para se referir a Segunda Vinda de Cristo. É bem possível que Jesus se juntou a
eles depois de percorrerem as “cidades de Israel”. Por fim, não há indícios em
qualquer passagem de que os discípulos pensavam que Jesus iria para o céu
enquanto eles estavam em sua viagem de pregação.
Disse-lhe
Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereis em breve o Filho do homem
assentado à direita do Poder, e vindo sobre as nuvens do céu. - Mateus 26:64
E Jesus
disse-lhe: Eu o sou, e vereis o Filho do homem assentado à direita do poder de
Deus, e vindo sobre as nuvens do céu.- Marcos 14:62
Essa é uma profecia para o fim
dos tempos, quando Jesus voltará no Apocalipse. O livro de Apocalipse nos diz
que os mortos ressuscitarão, e assim, poderão ver Jesus voltando.
Em verdade vos
digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam
vir o Filho do homem no seu reino. - Mateus 16:28
Dizia-lhes
também: Em verdade vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão
a morte sem que vejam chegado o reino de Deus com poder. - Marcos 9:1
E em verdade
vos digo que, dos que aqui estão, alguns há que não provarão a morte até que
vejam o reino de Deus. - Lucas 9:27
A explicação mais provável é a de
que essa é uma referencia a aparição de Cristo no monte da transfiguração, que
é relatado em Mateus 17:1. Cristo aparece literalmente numa forma glorificada,
e alguns dos apóstolos (Pedro, Tiago e João) estavam la para testemunhar o que
aconteceu. Essa aparição foi uma previa da Segunda Vinda.
Outros versículos que falam “em
breve” não significam nada. Em varias outras partes, Jesus diz que o tempo é
incerto e que Ele chegaria de surpresa. (Alem disso, se acontecer amanha ou
daqui a mil anos, o que seriam 3000 anos perto dos 150 mil em que a humanidade
esta aqui, hã?)
Yeishu há-nitzru (e mais)– 46:28 (Falei mais da teoria Cristo-mito aqui)
A teoria de que a historia de
Jesus foi copiada de mitos da época foi descartada no final do século 19 e
inicio do século 20. Em primeiro lugar, o primeiro paralelo real de um deus que
morre e ressuscita só aparece depois do ano 150 d.C, mais de cem anos depois da
origem do cristianismo. [Edwin YamauchiI, "Easter - Myth, Hallucination or
History?"]
Essa teoria toda teve inicio no
inicio do século XX, no entanto, ela desmoronou bem rápido. Isso por que a
forma correta de se avaliar a história de Jesus não é como um mito
grego-romano, mas sim pelo pano de fundo da cultura judaica.
A maioria das histórias que
teriam paralelos são de herois que adquirem divinalização e vão ao céu
(Hercules, Romulo), herois que desaparecem e vão para uma realidade superior
(Apolonio, Empédocles), simbolos de colheitas com vegetação que morre e volta a
vida na estação da chuva (Tamuz, Osiris, Adonis) e nenhum desses tem relação
com a ideia judaica de ressurreição. Como N. T. Wright colocou:
“Estes
multiplos e sofisticados cultos representavam a morte e a ressurreição do deus
como uma metáfora, cujo referente concreto era o ciclo da plantação e colheita,
da reprodução e fertilidade humana. Algumas vezes, como no Egito, os mitos e os
rituais incluíam praticas funerárias [...] Mas a nova vida que esperavam
experimentar não era um retorno a vida presente. Ninguem, efetivamente,
esperava que as mumias se levantassem, caminhassem de um lado para o outro e
levassem uma vida normal [...] No mundo judaico não há rastros de deuses e
deusas que morrem e ressuscitam. [...] quando judeus falavam de ressurreição,
não se referiam a algo que supostamente aconteceria com seu Deus YHWH. Tampouco
era algo que aconteceria com eles repetidamente; seria um evento único e
irrepetivel.”
“De igual
modo, quando os cristãos falavam da ressurreição de Jesus, não tinham em mente
algo que acontecia todos os anos, como na epoca de semeadura e da colheita.
[...] Obviamente, é bem possível que quando as pessoas [...] ouviram o que os
primeiros cristãos diziam, elas tentaram encaixar esta estranha mensagem na
cosmovisão dos cultos que conheciam. Mas a evidencia sugere que era mais
provavel que ficassem confusas ou que zombassem” [N. T. Wright, “A Ressurreição
do Filho de Deus”, pp. 137-138]
E David Aune, especialista em
literatura do Antigo Oriente medio conclui:
“Não se
encontra paralelo delas [tradições da ressurreição] na biografia greco-romana.”
[D. E. Aune, “The genre of the Gospels”, p. 48]
E Maria não sendo virgem? A
palavra usada para “virgem” é “parthenía”, que significa... Virgem ou filha
solteira.
E que tal a copia de Yeshui
ha-notzri? Essa teoria veio no livro de Hayyim ben Yehoshua, chamado "The
Myth of the Historical Jesus", que é universalmente rejeitado atualmente. Simplesmente
não existe evidencia disso. Como Holding colocou, nenhum estudioso do Talmude
diz que Yeishu viveu 150 anos antes de Jesus e isso é apenas dito por
“miticistas”. A maioria dos estudiosos, incluindo ateístas, considera o Talmude
irrelevante até mesmo para o Jesus histórico. [Tektonics, “Hayyim ben Yehoshua: A Critique”]
(Sobre Horus e etc. já que ele
recomendou um livro em inglês, eu recomendo esse livro de J. P. Holding, “Shattering
the Christ Myth” e também estes textos em inglês KingDavid8
– Jesus and Horus Parallels e “Win
One for the Egypters: D. M. Murdock's ‘Christ In Egypt’” e também esses
sobre o Zoroastrismo já que Antonio gosta tanto “Zoroaster vs Jesus” e
“the date of Zoroastrian
Writings”)
“Não há provas de que Jesus existiu, e historiadores concordam!” 53:00
Não existem provas de que Jesus
existiu, mas o numero de evidencias é esmagador. Nenhum historiador serio vai
dizer que Jesus não existiu, que não fez atos que foram interpretados como
curas e exorcismos, que não disse ser Deus e etc. Até mesmo o historiador
agnóstico Bart Ehrman, mais puxado para o ateísmo e dificilmente um amigo do Cristianismo
diz:
“Existem
muitas evidencias de que Jesus existiu. Eu sei que é comum pensarem na multidão
ateísta que Jesus nunca existiu. Deixe-me dizer, assim que vocês saírem desses
grupinhos, vocês vão ver que isso não é nem ao menos discutido entre estudiosos
da antiguidade. Não existe nenhum estudioso em nenhuma universidade do mundo
ocidental que ensine história antiga, Novo Testamento, Cristianismo primitivo
ou qualquer área relacionada que duvide que Jesus tenha existido. [...] A razão
para acreditar nisso é que ele é retratado abundantemente em fontes próximas
aos eventos. Fontes antigas e independentes indicam que Jesus certamente
existiu. Um dos autores que conhecemos conheceu o irmão de Jesus e também
conhecia o discípulo mais próximo de Jesus, Pedro. Ele é uma testemunha ocular
tanto dos discípulos mais próximos de Jesus quanto de seu irmão. Então, me
desculpem, eu respeito a descrença de vocês, mas se quiser seguir a evidencia
onde ela leva, eu acho que os ateus causaram um prejuízo a si mesmos pulando no
miticismo. Porque, francamente, faz vocês parecerem burros para o mundo de
fora. Se você for crer que Jesus foi um mito, então você apenas vai parecer
burro.” [“O Jesus
Histórico Existiu? Bart Ehrman”]
Conclusão
- Atacar tradições não Bíblicas é
irrelevante
- Estudar a Bíblia de mente
aberta ao invés de apenas querer “detona-la”
- Historiadores sabem 99% do que
estava no Novo Testamento original.
- Historiadores sabem que os
Evangelhos foram escritos entre 60 (Marcos) e 90 (data tradicional de João)
- Nenhum historiador nega que
Jesus fez coisas que foram interpretadas como curas e exorcismos.
- Sim, Jesus é mencionado fora da
Bíblia.
- Mesmo que não fosse, o Novo
Testamento é um documento digno de confiança.
- Jesus não mentiu.
- Nenhum historiador contemporâneo
vai pro lado do “Jesus mito”.
- Jesus, com certeza, existiu.
Como se explica o fato de que o parágrafo que fala de Jesus em Josefo não fazer falta ao livro? Se Josefo reconhece Jesus como Messias, por que ele gasta mais papel falando de Moisés, Davi e dos irmãos Macabeus do que do tão esperado Messias? Será por que é mais fácil imitar o estilo literário de um autor em apenas um parágrafo do que em 30 páginas?
ResponderExcluirVocês citam vários autores que admitem os milagres de Jesus. Mas todos esses autores têm nomes ingleses. Ou seja, são filhos de uma cultura britânica, que aprenderam a falar numa língua que se desenvolveu dentro da cultura cristã. O que falta é um autor da mesma época de Jesus atestando seus milagres.
ResponderExcluirÉ mesmo estranho que nenhum historiador tenha documentado o carnaval zumbi após a crucificação de Cristo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirtem mais https://www.youtube.com/watch?v=2aoNSMkCk00 no video olhe la e escreva mais pra nos.
ResponderExcluirele responde sobre esa refutação, mas bacana seu ponto de vista bem explicado e relatado.
Excluircurti sua pagina para buscar mais comentarios sobre a biblia e religioão.
ResponderExcluirComentário removido pelo autor?
ResponderExcluirÉ... São crentes mesmo... Que patético.
"Comentário removido pelo autor?" é o próprio comentarista que exclui.
ExcluirBom, gostaria que vocês me mostrassem provas concretas, racionais e aceitáveis pelos físicos e cientistas da atualidade que, é possível alguém nascer de uma mãe virgem, andar sobre as águas, curar enfermos, morrer e ressuscitar. Se conseguirem provar isso cientificamente e conseguirem desafiar as leis da física e da natureza, a história de Jesus Cristo é de fato, verdade. Se, admitirem que é apenas questão de FÉ, não deve ser levado à sério pois até mesmo o Papa Pio XII em 1955, falando para um Congresso Internacional de História em Roma disse :
ResponderExcluir" Para os cristãos, o problema da existência de Jesus Cristo concerne à fé, e não à história ".
Se até o Papa, o maior clero da Igreja Católica disse isso, quem sou eu pra discordar, não é mesmo?
Cara, se Deus estivesse confinado à leis da natureza, e utilizasse somente elas para realizar seus grandes feitos, ele não seria Deus, e sim um cientista vindo do futuro.
ExcluirEle não está sujeito e nem precisa de tais leis. Apenas as criou e usou para dar existencia ao universo. Se o universo veio a existir (como é aceito pelos físicos atualmente) e Deus é a causa do universo, então ele não depende de suas leis.
Alem de que é um terrivel erro afirmar isso, porque da a entender que ja entendemos tudo sobre as leis da natureza. A mecânica quantica discorda disso...
ExcluirQuanto a essa versão a história é muda, mas os historiadores não. Porque será que somente a autobiografia do cristianismo pode ser considerada?http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/paguei-pra-ver
ResponderExcluirQuanto a essa versão a história é muda, mas os historiadores não. Porque será que somente a autobiografia do cristianismo pode ser considerada?http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/paguei-pra-ver
ResponderExcluirMas a fonte Q não é uma fonte hipotética? Não entendo o porquê dele ter usado esse argumento...
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