Um
argumento bem famoso contra milagres, é o de que milagres são violações das
leis da natureza, e que por serem extremamente raros, não devem ser cridos. Em
meu texto resposta ao vídeo de Antônio Miranda sobre Jesus, um dos comentários foi
“me de evidencias cientificas de que alguém pode andar sobre a água,
transformar água em vinho, etc” (ou algo do tipo). Esse argumento é reconhecido na filosofia moderna como extremamente falacioso.
Refutando o Argumento Contra Milagres de David Hume
O Argumento
O
argumento de Hume é mais ou menos assim:
Premissa
1 –
A, lei natural é, por definição, uma descrição de uma ocorrência regular.
Premissa
2 -
O milagre é, por definição, uma ocorrência rara.
Premissa
3 -
A evidência em favor do regular é sempre maior do que a evidência em favor do
raro.
Premissa
4 -
Quem é sábio sempre baseia sua crença na evidência mais convincente.
Conclusão -
Portanto, um sábio não deveria acreditar em milagres.
Se as 4 premissas forem
verdadeiras, então a conclusão se segue logicamente.
Respostas
Infelizmente,
para Hume e os céticos, a premissa 3 é falsa. A evidencia em favor do regular,
nem sempre é maior do que a evidencia em favor do raro.
Não devemos acreditar na origem do universo e da vida?
A origem do universo e a origem
da vida aconteceram apenas uma vez, ou seja, são eventos raros. Não devemos
acreditar no Big Bang por que ele não é um Big Bang Bang Bang Bang?
Credibilidade x Probabilidade
Hume confunde “credibilidade” com
“probabilidade”. Mesmo se a premissa 3 fosse verdadeira, não excluiria a
possibilidade de milagres, apenas sua credibilidade. De acordo com o argumento
de Hume, mesmo se você tivesse ido até o tumulo vazio e visto Jesus
ressuscitar, você não deveria acreditar na ressurreição!
Existem muitos fatos na vida que
são raros ou improváveis que cremos quando temos boas evidencias. Não dizemos a
um jogador de futebol que fez um gol de escanteio “Uma vez que a evidência em
favor do regular é sempre maior do que em favor do raro, não vou acreditar na
sua jogada a não ser que você pegue a bola e faça a mesma coisa cinco vezes em
seguida!”.
Probabilidade do evento = Conhecimento do mundo/Evidencias para o evento
Muitos dos céticos argumentam que
a probabilidade do evento deve ser calculado usando o que conhecemos do mundo
real. Porem, esse argumento é falacioso. Deveríamos calcular a probabilidade do
evento, dado o conhecimento do mundo e as evidencias para tal evento.
Quanto
a ressurreição de Cristo, Hume deveria ter se perguntado: Se não houve
ressurreição, qual a probabilidade da tumba estar vazia, de Jesus ter aparecido
após sua morte e da origem da crença dos discípulos?
O argumento é circular
Além disso, Hume argumenta em círculos.
Em vez de avaliar a veracidade da evidencia dos milagres, ele exclui a crença
nos milagres logo de inicio.
Se
Deus existe, então milagres são possíveis. E na minha serie A Existência de Deus eu apresento (até este momento) 16 argumentos para a existência de Deus.
E, como Frank Turek coloca, “o maior
milagre da Bíblia não é a ressurreição de Jesus. É ‘no principio Deus criou os
céus e a terra’, e nós temos evidencias cientificas de que isso aconteceu.”
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