Tirinha da página "Um Sábado Qualquer" |
Teria o Novo Testamento passado
pelo “telefone sem fio”? Teria Jesus dito “goiaba” e chegou a nós como “peixe”?
Será que a famosa brincadeira se aplica a forma como os Judeus-Cristãos
transmitiram os ensinamentos de Jesus?
“O Novo Testamento passou pelo jogo do telefone sem fio” – Uma Resposta
Não foi “um autor”
Temos 27 livros no Novo
Testamento, vindos de nove autores. Sabemos que os autores são diferentes por
causa do estilo de escrita. As cartas começam com “eu Paulo”, “eu Pedro” ou “eu
Tiago”. Sabemos que os evangelhos tiveram autores diferentes, pois seus
detalhes secundários em alguns momentos divergem. Agora, por que isso é
importante? Porque não é “uma mensagem” passando de ouvido em ouvido. Mas sim
27 mensagens de nove autores diferentes.
A data e as testemunhas
Alem disso, a data dada ao
documento mais antigo do N.T. é de 15 anos depois dos acontecimentos. Apostolo
Paulo cita uma tradição em 1 Coríntios 15 que estudiosos datam de no maximo 5
anos depois dos acontecimentos. As testemunhas estariam vivas e corrigiriam
qualquer exagero.
O numero de cópias torna impossível uma adulteração
Temos mais de 5000 cópias do Novo
Testamento. Quando elas são unidas, sabemos precisamente o que o original
disse, com 99,95% de precisão. As únicas duvidas que restam são palavras como “nossa”
e “vossa”. O único documento antigo que chega perto disso é a Ilíada, com 630
copias. Como historiador F. F. Bruce colocou:
"No mundo
não há qualquer corpo de literatura antiga que, à semelhança do Novo
Testamento, desfrute uma tão grande riqueza de confirmação textual" [F. F.
Bruce, The books and the parchments, Old Tappan, p. 178]
E Sir Frederic Kenyon, ex-diretor
do Museu Britânico diz:
"Não
resta agora mais nenhuma dúvida de que as Escrituras chegaram até nós
praticamente com o mesmo conteúdo dos escritos originais" [Frederic
Kenyon, The Bible And Archaeology, p. 288]
A Tradição Oral Judaica
Os Judeus se importavam muito com
o conteúdo que era passado pela tradição oral. Alguns deles chegavam a decorar
o Antigo Testamento inteiro. Como Craig Blomberg apontou:
“Se fôssemos
transportar a brincadeira para o contexto da comunidade do século I, teríamos
de submetê-la aos seus critérios. Isso significa que cada pessoa repetiria em
alto e bom som o que ouvira do vizinho e em seguida pediria ao primeiro que
passara a informação que a confirmasse: "Está correto o que eu
disse?". Se não estivesse, ele se corrigiria. A comunidade monitoraria
constantemente a reprodução da mensagem e interferiria sempre que fosse preciso
fazer alguma correção. Isso preservaria a integridade da mensagem. E o
resultado seria muito diferente do da brincadeira infantil.” [Craig Blomberg, “As
biografias de Jesus resistem à investigação minuciosa?” em Lee Strobel, “Em
defesa de Cristo”, pp. 61-62]
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