Sir Isaac Newton (Cristão) |
“A maioria dos cientistas são
ateus, portando o ateísmo é verdade”. Certo? Certo? Nem de longe. Esse
argumento é tão falacioso que é difícil saber por onde começar a responder. Mas
eu vou tentar...
“A maioria dos cientistas não crêem em Deus.”
Apelo à autoridade
Isso não é nem se quer um
argumento, é um simples apelo à autoridade. Nós estamos justificados em usar o
apelo à autoridade cientifica quando (a) for um apelo legitimo, citando alguém que
realmente entende depois de apresentar o argumento; (b) quando for um assunto
cientifico. A ciência por si só investiga apenas o mundo material, mas não pode
nos dizer nada sobre o sobrenatural. O que pode ser feito é ver o que a ciência
nos diz sobre um fenômeno, e buscar a melhor explicação para esse fenômeno. Como
no caso do argumento cosmológico kalam e do teleológico. Mas ainda assim são
argumentos filosóficos, que usam evidencias cientificas para a verdade de uma
premissa, que ajuda a levar a uma conclusão que tem um significado teológico.
Deus existia e não existe mais?
No passado a gigantesca maioria
de cientistas acreditava em alguma forma de Deus. Jerry Newcombe diz:
“Todo o
principal ramo da ciência que foi criada foi originado por pessoas que
acreditavam na Bíblia. Eles acreditavam que estavam, nas palavras de Johannes
Kepler, pensando os pensamentos de Deus, indo atrás dele” [What if Jesus Had Never Been Born? (38:46)]
Quer dizer que Ele existia e não existe mais?
Falácia Post Hoc
Esse argumento comete a falácia post hoc ergo propter hoc. Quer
dizer, só por que X acontece depois de Y, então Y é a causa de X, o que é
simplesmente falacioso e falso. É como dizer que a causa da gripe de Zezinho é
um terremoto que aconteceu no dia anterior. Mesmo se fosse verdade que os cientistas se tornaram ateus depois de iniciar sua carreira cientifica, isso não significa que foi a carreira que os tornou ateus.
Não é bem verdade
Entre 2005 e 2008, Elaine Ecklund
da Rice University realizou uma pesquisa com os cientistas das melhores
universidades. O que ela descobriu foi que cientistas não se tornam ateus por
causa da ciência. Ela diz:
“Suas razões
para sua descrença refletem as conseqüências em que outros Americanos se
encontram: Eles não cresceram em lares religiosos; eles tiveram más experiências
com religião, eles desaprovam Deus ou vêem Deus como algo muito mutável.” [Elaine Howard Ecklund, Science vs.
Religion: What Scientists Really Think, p. 17]
Em outro estudo de 2009, foi
revelado que 51% dos cientistas crêem em alguma deidade ou poder superior. 33% crêem
em Deus, enquanto 18% crêem em um poder superior, 41% disseram ser ateus e 7% “não
sabem”. [Fonte: Pew Research Center, Scientists and
Belief]
Historiador Jeffrey Russell conclui:
“Se fosse
verdade que o Cristianismo e a ciência são coisas incompatíveis, então não haveria
Cristãos que são cientistas respeitáveis. De fato, cerca de quarenta por cento
dos cientistas naturais profissionais são Cristãos praticantes, e muitos outros
são teístas de outras formas. Menos de trinta por cento são ateus.” [Jeffrey
Russell, Exposing Myths About Christianity]
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