Cientistas devem ter integridade
Porque a ciência envolve um
principio ético, o amor da verdade, sua pratica não pode estar separado dos princípios
da moralidade. Uma hipótese pode apenas ser colocada em um teste justo por uma
pessoa que prefere saber a verdade mesmo se ela mostrar que sua posição
anterior estava errada (um corolário é quando a ciência se torna não confiável por
causa da pressão politica para se chegar a conclusões especificas, como a
biologia Lysenkoist de Stalin ou a Deutschephysik da Alemanha Nazista)
Essa virtude as vezes é
chamada de “objetividade”, mas essa palavra sugere um tipo de neutralidade
desapaixonada que na verdade não é característica da maioria dos cientistas de
verdade – na verdade, nós tendemos a ficar animados com o trabalho, ou nós não estaríamos
fazendo isso. Um termo melhor para essa virtude é humildade: quando estamos
fazendo pesquisas, o cientista deve tomar a postura para o universo de alguém que
esta aprendendo, ao invés da postura de um professor. Infelizmente, alguns
cientistas eficazes estão vaidosos e arrogantes com seus pares, mas quando
cientistas tomam a mesma atitude em relação a Natureza, eles continuam
defendendo ideias muito tempo depois delas se tornarem desacreditadas, e
tornam-se inúteis para a Ciência.
É extremamente comum para
cientistas sérios receberem correspondência de pessoas leigas que creem estar
revolucionando grandes áreas da ciência, apesar de terem ideias imprecisas, que
não podem ser testadas e na maioria das vezes são sem sentido. Essa desconexão psicótica
com a realidade é praticamente sempre acompanhada de egoísmo severo, mostrando
por contraste a maneira como a humildade caracteriza a verdadeira ciência.
É claro que, humildade não
envolve crer que todo o conhecimento é incerto e hesitante, já que isso na
verdade iria inibir a descoberta da verdade! (Nos tempos modernos, revoluções
na Ciência normalmente não invalidam totalmente nosso conhecimento anterior; na
verdade as teorias anteriores sobrevivem como aproximações.)
A atitude correta daquele que quer aprender é: “Examinai tudo. Retende o bem.”
(1 Tessalonicenses 5:21).
Uma segunda virtude da ciência
é a honestidade. Cientistas devem abster-se de falsificar resultados ou enganar
outros cientistas. Honestidade requer considerar os fatores pesando contra uma
conclusão assim como fatores pesando a favor. Eles devem também tomar
precauções contra preconceitos, não no sentido de não ser preconceituoso (nenhum
de nós é), mas prevenindo o preconceito de contaminar seus resultados. Então há
necessidade de experimentalistas em fazer analise correta de erros, usar grupos
de controle, testes cegos duplos, etc. Experimentos que mostrarem a ausência de
um efeito deveriam ser publicados assim como experimentos que mostram a
presença de um efeito, mesmo se tal resultado for menos provável de resultar em
fama e respeito.
Eu ia incluir algum trecho do famoso
discurso de Faynman sobre “Cargo Cult Science”. Mas muito dele seria necessário
ao que estou dizendo! Você deveria ir e apenas ler tudo.
Traduzido de: Aron Wall, Undivided Looking "Pillars of Science V: Ethical Integrity"
O texto me fez pensar agora sobre Nietzsche, em como ele provou que se Deus está morto, o amor, compaixão, ética, moral e vários outros atributos humanos notáveis estão também mortos.
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